Recentemente, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, solicitou auxílio de US$ 1 milhão em doações para investir em sua campanha eleitoral em 2024. O pedido ocorreu após sua falha em obter fundos necessários para pagar uma fiança de US$ 454 milhões (R$ 2,26 bilhões) por fraude, enfrentando assim o risco de confisco de suas propriedades em Nova York.
Além disso, Trump também enviou uma mensagem a seus apoiadores. O texto dizia: “MANTENHA SUAS MÃOS SUJAS LONGE DA TRUMP TOWER! Antes que o dia acabe, estou convocando UM MILHÃO de patriotas pró-Trump para contribuir e dizer: PARE A CAÇA ÀS BRUXAS CONTRA O PRESIDENTE TRUMP!” completou o texto.
A mensagem também informava algumas instruções aos apoiadores, dizendo para que apoiem o ex-presidente com doações, os valores devem ser entre US$ 20,24 e US$ 3.300, ou uma quantia específica. Trump está usando essa estratégia para conseguir dinheiro para sua campanha eleitoral.
Acusações de Donald Trump
O ex-presidente está sendo processado por fraude por Letitia James, a procuradora-geral de Nova York. Em contrapartida, Trump acusa, sem provas, James de apoiar Joe Biden, dizendo que a intenção dela era prejudicar sua campanha de reeleição em 2024.
Apesar disso, o ex-presidente também enfrenta acusações legais por inflar valores de propriedades, supostamente resultando em enriquecimento ilícito, embora tenha negado qualquer irregularidade.
A utilização das doações para cobrir a fiança permanece incerta. Trump tem histórico de utilizar doações para pagar honorários advocatícios, alegando relação com sua campanha.
Em relação à fiança, Trump foi rejeitado por 30 empresas ao buscar um empréstimo para cobri-la. O prazo para o pagamento próprio é até 25 de março, evitando assim a possível apreensão de suas propriedades.
Anteriormente, Trump pagou uma fiança de US$ 91,6 milhões em um caso de difamação movido por E. Jean Carroll. Carroll processou o ex-presidente por tê-la chamado de mentirosa após ela ter feito acusações de estupro contra ele nos anos 90.
Trump inelegível
Em 2023, diversos estados informaram que Donald Trump estaria inelegível para concorrer às próximas eleições e o ex-presidente recorreu à Suprema Corte para reverter a situação. Nos últimos dias, a decisão foi divulgada. Após unanimidade, os 9 juízes da Suprema Corte concordaram que é anticonstitucional que os estados desqualifiquem um candidato da disputa presidencial.
A Corte estadual do Colorado incita à insurreição em 6 de janeiro de 2021, utilizando uma emenda da Constituição que determina a inelegibilidade de qualquer autoridade que tenha participado de tal rebelião, uma medida aplicada também pelos estados do Maine e Illinois para barrar sua candidatura futura.
Embora a Suprema Corte tenha barrado essa decisão dos estados, o ex-presidente ainda enfrenta mais de 100 acusações criminais, incluindo conspiração contra os Estados Unidos. Ele deverá passar por outros julgamentos em breve, mas ainda não há previsão de quando devem acontecer.