Nesta terça-feira (2), o dólar abriu em baixa após o Banco Central do Brasil (BC) realizar um leilão adicional de “swap cambial” com o objetivo de conter parte do avanço da moeda norte-americana no país. A medida representa uma intervenção indireta da instituição no mercado de câmbio, visando estabilizar a cotação da moeda.
Veja a seguir:
![Dólar abre em baixa após leilão do Banco Central para conter avanço do preço da moeda no Brasil 1 Queda do dolar](https://folhafinanceira.com.br/wp-content/uploads/2023/07/Queda-do-dolar-1024x511.png)
Operação do Banco Central impacta o mercado de câmbio
O BC anunciou a realização do leilão na segunda-feira (1º), em resposta ao aumento da cotação do dólar, que chegou a ser cotado a R$5,06. Essa intervenção, que marca a primeira no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), envolve a venda de dólar no mercado futuro por parte da instituição, sem utilizar as reservas brasileiras da moeda.
Essa estratégia visa evitar variações excessivas no mercado de câmbio, garantindo a estabilidade financeira e econômica do país. A oferta de “swap cambial” proporciona proteção contra as oscilações do dólar e aumenta a liquidez do mercado doméstico.
Impacto do dólar no mercado financeiro
A notícia do leilão adicional de “swap cambial” teve reflexo imediato no mercado cambial, com o dólar abrindo em baixa nesta terça-feira. Às 09h02, a moeda norte-americana caía 0,62%, cotada a R$5,0276. Esse movimento representa uma reversão da tendência de alta observada nos últimos dias, quando o dólar atingiu seu maior patamar desde outubro.
A operação do BC busca manter o funcionamento regular do mercado de câmbio diante dos efeitos do resgate dos títulos de NTN-A3 (Nota do Tesouro Nacional, subsérie A3), previsto para 15 de abril. A compra de contratos de “swap cambial” pelo BC funciona como uma injeção de dólares no mercado futuro, garantindo a estabilidade financeira e prevenindo distorções no mercado de câmbio.
Perspectivas para o mercado cambial
A adoção do esquema de “swap cambial” pelo BC reflete a preocupação com a volatilidade do dólar e a necessidade de garantir a estabilidade econômica do país. A expectativa é de que essa intervenção contribua para conter o avanço do preço da moeda estrangeira no Brasil, proporcionando um ambiente mais favorável para os agentes econômicos.
No entanto, as projeções para o mercado cambial no restante do ano estão sujeitas a diversos fatores, como a política de juros do Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, e os riscos geopolíticos globais. Além disso, a trajetória das contas públicas no Brasil continua sendo uma preocupação para os economistas, podendo influenciar a cotação do dólar no mercado doméstico.
Diante desse cenário, o Banco Central reafirma seu compromisso com a estabilidade financeira e a eficiência do mercado de câmbio, adotando medidas para mitigar os impactos das oscilações da moeda estrangeira na economia brasileira.