A Lombardia, região localizada na Itália, está lidando com um surto de Doença dos Legionários, com 49 casos confirmados até o momento, de acordo com o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC). Essa enfermidade, uma forma grave de pneumonia provocada pela bactéria Legionella, já causou três mortes e resultou em 12 hospitalizações.
A bactéria Legionella se desenvolve em ambientes com água morna e estagnada, como torres de resfriamento e sistemas de climatização. Os primeiros sinais da contaminação, como febre alta, tosse e dificuldade para respirar, assemelham-se aos sintomas de outras formas de pneumonia, tornando o diagnóstico precoce mais desafiador.
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Os médicos diagnosticam a infecção por meio da análise de amostras de escarro, fluidos pulmonares ou urina. O tratamento eficaz da Doença dos Legionários geralmente envolve o uso de antibióticos.
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Bactéria no ar-condicionado
Embora a grande maioria das pessoas expostas à Legionella não manifeste sintomas, aproximadamente 15% dos infectados podem enfrentar complicações severas, especialmente aqueles com condições de saúde pré-existentes. Na Lombardia, muitos dos afetados apresentavam comorbidades, o que elevou o risco de complicações graves.
Para enfrentar o surto, as autoridades da Lombardia aumentaram a vigilância e a limpeza das torres de resfriamento, utilizando cloro nos sistemas de água para eliminar a bactéria e evitar novos casos. Além disso, estão promovendo campanhas de conscientização para educar a população sobre a patologia e as práticas preventivas necessárias.
Doença dos Legionários
O nome “Doença dos Legionários” foi cunhado em 1976, após um surto de infecção por Legionella pneumophila ocorrido durante a 58ª convenção anual da Legião Americana, que aconteceu em um hotel na Filadélfia. Na semana seguinte ao evento, 182 dos participantes adoeceram, 146 foram hospitalizados e 29 vieram a falecer.
A causa da pneumonia foi identificada em 1977, e a bactéria responsável recebeu o nome de Legionella pneumophila em 1979. A Doença dos Legionários é caracterizada por manifestações sistêmicas, sendo a pneumonia atípica o sintoma mais notável.
Nos Estados Unidos e na Europa, a taxa de incidência de Legionelose varia entre 1,4 e 1,8 casos por 100 mil habitantes por ano. Em 1 a 10% desses casos, a bactéria Legionella pneumophila é responsável por pneumonia bacteriana. Os principais fatores de risco para a doença incluem idade avançada (acima de 50 anos), imunossupressão, tabagismo, doenças cardiovasculares e doença renal crônica.