Descoberta fascinante: réptil ancestral de Jacarés é encontrado no Brasil

Uma descoberta incrível foi feita no Sul do Brasil, trazendo à luz um fóssil de um réptil que viveu antes dos dinossauros. Descrito no periódico científico “Scientific Reports” na última quinta-feira (20), este achado está trazendo novas perspectivas sobre a história evolutiva dos répteis.

Uma nova espécie descobertas

Rodrigo Temp Müller, paleontólogo da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e autor do estudo, anunciou a descoberta de uma nova espécie pertencente ao grupo Gracilisuchidae. Este grupo ainda não havia sido reportado no Brasil, tornando a descoberta ainda mais significativa.

Os Gracilisuchidae viveram entre 247 e 237 milhões de anos atrás, durante o Período Triássico, antes mesmo do surgimento dos dinossauros mais antigos, que datam de aproximadamente 230 milhões de anos. Durante este período, os ecossistemas eram dominados por precursores dos mamíferos e répteis de diversas linhagens.

paleontologo rodrigo temp muller segurando o fossil de parvosuchus aurelioi por janaina brand dillmann
Fóssil descoberto no Brasil. (Reprodução/Janaína Brand Dillmann)

Detalhes da descoberta

O fóssil foi encontrado entre materiais doados e, inicialmente, Rodrigo Temp Müller identificou vértebras da coluna do animal. Com o prosseguimento das escavações, partes da cintura pélvica foram reveladas. O momento mais emocionante, segundo Müller, foi a revelação da região da órbita do animal, proporcionando uma visão mais completa do fóssil.

Esta nova espécie de Gracilisuchidae é um marco importante para a paleontologia brasileira, adicionando uma peça valiosa ao quebra-cabeça da evolução dos répteis no Período Triássico.

Outro fóssil notável descoberto

Além da descoberta no Brasil, um grupo de pesquisadores encontrou um fóssil mais antigo que os primeiros dinossauros, pertencente a um monstro marinho que viveu há cerca de 246 milhões de anos. Este fóssil, que consiste em uma única vértebra, foi escavado no sopé do Monte Harper, na Ilha Sul da Nova Zelândia.

Embora este fóssil tenha sido descoberto pela primeira vez em 1978, novas investigações permitiram apreciar seu verdadeiro significado, destacando a importância de revisitar e reexaminar descobertas antigas com novas tecnologias e conhecimentos.