Dados meteorológicos revelam como será o clima em agosto
Agosto, o último mês do inverno meteorológico, apresenta características climáticas distintas e, por vezes, extremas.
Com base em dados recentes e análises meteorológicas, especialistas indicam que agosto de 2024 será marcado por uma variabilidade significativa no clima, sem a presença dos fenômenos El Niño ou La Niña para influenciar diretamente as condições meteorológicas.
Como será o clima em agosto
Em Porto Alegre, que sofreu muito com aschuvas no primeiro semestre do ano espera-se que as temperaturas médias em agosto sejam ligeiramente superiores às de junho e julho.
A média mínima do mês para a capital dos gaúchos é de 11,6ºC, enquanto a máxima atinge 21,8ºC.
A precipitação média é de 120,1 mm, a menor do trimestre de inverno. Este cenário reflete uma transição gradual para padrões climáticos mais amenos, típicos da primavera.
São Paulo, por sua vez, a maior metrópole do país, apresenta uma média mínima de 13,3ºC e máxima de 24,5ºC, a mais alta dos meses de inverno.
A capital paulista deve registrar apenas 32,3 mm de precipitação, confirmando agosto como o pico da estação seca na região.
Agosto é notório por seus extremos climáticos no Sul do Brasil. O mês já registrou eventos significativos no passado, como enchentes devastadoras e grandes nevascas, destacando a sua imprevisibilidade.
A variabilidade térmica é uma característica marcante, com dias frios intercalados por períodos de calor intenso.
No Centro-Oeste, é comum encontrar dias excessivamente quentes, com temperaturas frequentemente ultrapassando os 40ºC, especialmente em Mato Grosso.
No Brasil Central, agosto é um mês crítico devido à baixa umidade e escassa precipitação, favorecendo o aumento das queimadas.
O Cerrado e o Pantanal sofrem com a segunda maior média mensal de focos de calor do ano. A combinação de falta de chuva, umidade baixa e calor intenso cria condições ideais para incêndios florestais.
Neutralidade Climática, chuva, temperatura e ciclones em agosto
De acordo com o boletim mais recente da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera (NOAA), as temperaturas do Pacífico Equatorial estão na faixa de neutralidade.
Esta condição deve se manter ao longo de agosto, sem a influência direta de El Niño ou La Niña.
Apesar disso, há uma tendência de resfriamento nas águas do Pacífico Central-Leste, sugerindo uma possível transição para condições mais frias.
Para agosto de 2024, a previsão é de precipitação próxima ou acima da média na maioria das áreas do Sul do Brasil, com maiores volumes no Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
No Paraná, a tendência é de chuva perto ou abaixo da média, com algumas exceções próximas à costa.
No Centro-Oeste e Sudeste, espera-se precipitação abaixo da média, com exceção de áreas próximas à costa de São Paulo e Rio de Janeiro.
Em termos de temperatura, o Sul do Brasil terá um mês de agosto sem frio persistente, alternando entre dias quentes e frios.
No Centro-Oeste, a previsão é de temperaturas acima da média, com muitos dias extremamente quentes.
No Sudeste, especialmente no interior de São Paulo e Oeste de Minas Gerais, o calor será intenso, com baixa umidade e poucas chuvas.
Agosto também marca o início da temporada de temporais no Sul do Brasil, com aumento na frequência de granizo, vendavais e chuvas intensas.
A formação de ciclones extratropicais no Atlântico Sul pode trazer incursões de ar polar, potencializando episódios de clima severo.
Essas condições climáticas diversas e extremas ressaltam a importância de se preparar para um mês de agosto imprevisível, com grandes variações de temperatura e precipitação, afetando diversas regiões do Brasil.
As informações são do site MetSul Meteorologia. Veja a previsão completa aqui