Contaminação! 3 marcas de azeites que foram terminantemente proibidas!
Recentemente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), responsável por garantir a segurança de produtos e serviços no Brasil, tomou medidas drásticas para proteger a saúde dos consumidores. Dessa forma, três marcas de azeite foram proibidas devido a riscos significativos de contaminação e adulteração.
A Anvisa verifica se os produtos estão de acordo com padrões estabelecidos, realizando inspeções em empresas e laboratórios, análises laboratoriais e monitoramento pós-comercialização. As ações são essenciais para proteger a saúde da população, prevenindo a comercialização de produtos que possam representar riscos à saúde, como alimentos adulterados, medicamentos falsificados ou cosméticos com substâncias nocivas.
A seguir, detalhamos as decisões da Anvisa sobre cada uma dessas marcas.
Azeite de Oliva da marca Quinta da Beira
Em dezembro de 2021, a Anvisa proibiu todos os lotes do Azeite de Oliva da marca Quinta da Beira, produzido pela Felicita Importadora e Distribuidora de Alimentos. A medida foi tomada após a Resolução-RE n° 4.750 apontar problemas graves nos parâmetros de qualidade. As investigações revelaram que as matérias-primas utilizadas apresentavam riscos de adulteração e composição desconhecida, comprometendo a segurança alimentar dos consumidores.
Principais pontos:
- Proibição de todos os lotes em dezembro de 2021.
- Problemas de adulteração e composição desconhecida.
- A empresa tomou providências legais e continua operando com outros produtos, como óleos temperados e mistos.
Azeite Alentejano, fabricante desconhecido
Outra marca que sofreu intervenção foi o Azeite Alentejano, proibido em janeiro de 2022. A vigilância sanitária do Rio de Janeiro alertou a Anvisa sobre irregularidades na produção desse azeite, fabricado por uma empresa desconhecida. As etiquetas do produto continham informações falsas sobre a origem e o fabricante, aumentando os riscos aos consumidores. A empresa, informado no rótulo, Brazilha Comércio Importação Exportação Eireli estava inativa e não informava sua localização.
Fatores de risco:
- Produção irregular e informações falsas no rótulo.
- A empresa mencionada no rótulo estava inativa e sem localização conhecida.
- Perigo de contaminação fatal.
Azeite Vincenzo
Mais recentemente, em outubro de 2023, a Anvisa proibiu o lote n° 19227 do Azeite de Oliva Extravirgem da marca Vincenzo, fabricado pela TRL Internacional Importadora e Exportadora EPP. A decisão veio após análises laboratoriais indicarem índices insatisfatórios de refração e iodo WIJS, sugerindo a presença de substâncias não declaradas e riscos à saúde.
Detalhes importantes:
- Proibição do lote n° 19227 em outubro de 2023.
- Problemas com índices de refração e iodo WIJS.
- Risco de presença de óleos ou substâncias não declaradas.
- O produto voltou a ser comercializado após medidas corretivas.
Medidas tomadas e recomendações
A Anvisa continua monitorando de perto a qualidade dos azeites comercializados no país para garantir a segurança dos consumidores. As empresas envolvidas foram notificadas e medidas corretivas estão em andamento para evitar futuros incidentes.
Recomendações aos consumidores:
- Verificar sempre a procedência dos produtos.
- Consultar alertas e comunicados da Anvisa.
- Evitar marcas com histórico de problemas de qualidade.
Produção e fabricação de azeites
A produção e fabricação segura de azeites envolvem uma série de etapas rigorosas para garantir a qualidade e a segurança do produto final. Primeiramente, a escolha das azeitonas é crucial. As azeitonas devem ser colhidas no momento adequado de maturação e manuseadas com cuidado para evitar danos que possam comprometer sua qualidade.
Após a colheita, as azeitonas devem ser transportadas rapidamente para o local de processamento, minimizando o tempo de espera e reduzindo o risco de fermentação indesejada ou contaminação.
No processamento, a extração do azeite deve ocorrer em instalações higienicamente adequadas e com equipamentos bem mantidos. As azeitonas são lavadas para remover sujeira e detritos antes de serem moídas. A pasta resultante é misturada suavemente para liberar o azeite das células das azeitonas.
A separação do azeite das partes sólidas e da água deve ser feita utilizando métodos mecânicos, como centrifugação, garantindo que o produto final seja puro e livre de contaminantes.
Para finalizar, o armazenamento e o engarrafamento do azeite exigem cuidados específicos para manter sua qualidade. O azeite deve ser armazenado em tanques de aço inoxidável, protegidos da luz e do calor, para evitar a degradação dos nutrientes e a rancificação.
Durante o engarrafamento, é essencial utilizar garrafas opacas ou de vidro escuro, que ajudam a proteger o azeite da luz. Além disso, os rótulos devem fornecer informações claras sobre a origem, a data de produção e os parâmetros de qualidade. Assim, recomenda-se procurar a origem dos produtos, desde o processo de fabricação até o fornecimento e armazenamento, para evitar risco de contaminação e outras questões.