Conta de luz mais cara em junho: O que significa a mudança para a bandeira vermelha?
Em junho, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou a mudança da bandeira tarifária para vermelha, no patamar 1. Esta alteração implica em um custo adicional de R$ 4,463 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
A decisão reflete a necessidade de acionamento de fontes de energia mais caras, como as usinas termoelétricas, devido à redução na geração hidrelétrica.
O cenário atual é influenciado por afluências abaixo da média em todo o país, conforme indicado pelo Operador Nacional do Sistema (ONS). Com o fim do período chuvoso, a previsão de geração de energia hidrelétrica piorou, o que pode aumentar a dependência de fontes térmicas nos próximos meses.
Como funcionam as bandeiras tarifárias?
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado pela Aneel em 2015 para refletir os custos variáveis da geração de energia elétrica. Dividido em níveis, este sistema informa aos consumidores o custo de geração de energia para o Sistema Interligado Nacional (SIN).
As bandeiras são classificadas em verde, amarela e vermelha, sendo esta última subdividida em patamares 1 e 2, indicando custos mais elevados.
Quando a bandeira está verde, não há cobrança adicional, indicando condições favoráveis de geração. A bandeira amarela, por sua vez, sinaliza um aumento moderado nos custos, enquanto a vermelha, especialmente no patamar 1 ou 2, indica um cenário de geração mais onerosa.
Por que a geração hidrelétrica está em queda?
A geração hidrelétrica no Brasil é altamente dependente das condições climáticas, especialmente das chuvas. Com a transição do período chuvoso para o seco, as previsões de chuvas e vazões nas regiões dos reservatórios ficaram abaixo da média.
Este cenário desfavorável reduz a capacidade das hidrelétricas de gerar energia, forçando o acionamento de usinas termoelétricas, que possuem custos de operação mais elevados.
Quais são as implicações para os consumidores?
Com a bandeira vermelha em vigor, os consumidores devem se preparar para um aumento nas contas de energia elétrica.
Para mitigar o impacto financeiro, é aconselhável que os consumidores adotem práticas de economia de energia.
Medidas simples, como desligar aparelhos quando não estão em uso, utilizar lâmpadas de LED e otimizar o uso de eletrodomésticos, podem ajudar a reduzir o consumo e, consequentemente, o valor da conta de luz.