Conheça a cidade brasileira que possui a menor qualidade de vida
Em 2022, um levantamento nacional revelou um dado alarmante sobre a qualidade de vida nas cidades do Brasil. A pesquisa, realizada com base no Índice de Progresso Social (IPS), colocou em evidência as desigualdades.
O IPS é um indicador que vai além das métricas econômicas tradicionais, medindo o bem-estar e as oportunidades de desenvolvimento da população de forma multidimensional.
Através de uma análise que considera fatores como saúde, educação, segurança e moradia, o IPS permite uma visão abrangente sobre como as cidades brasileiras estão proporcionando (ou falhando em proporcionar) condições adequadas de vida aos seus habitantes.
Conheça a cidade brasileira que possui a menor qualidade de vida
Entre os resultados da pesquisa de 2022, um dado se destacou negativamente: a cidade de Uiramutã, em Roraima, foi classificada como o município brasileiro com a pior qualidade de vida.
Localizada na região norte do país, na fronteira com a Venezuela, Uiramutã, com uma população de cerca de 14 mil pessoas, obteve uma pontuação de apenas 37,63 no IPS, em uma escala de 0 a 100, indicando uma série de problemas estruturais e sociais que afetam diretamente o bem-estar de seus moradores.
Um dos maiores desafios enfrentados por Uiramutã está relacionado às condições de habitação.
O município obteve uma pontuação crítica de 10,47 nesse quesito, evidenciando a precariedade das residências e a falta de infraestrutura básica.
Muitos lares sofrem com a ausência de serviços essenciais como coleta regular de lixo e iluminação pública, além de serem edificações que, muitas vezes, não oferecem segurança ou conforto adequado.
Educação e saúde também são problemas na cidade
No campo da educação, o cenário é igualmente preocupante. Com uma nota de 13,47, o município apresenta escolas com graves deficiências em infraestrutura e falta de materiais didáticos, comprometendo o aprendizado de crianças e adolescentes.
Essa falta de condições básicas de ensino impacta diretamente o futuro da população jovem de Uiramutã.
A saúde pública também é um setor que exige atenção urgente. A taxa de mortalidade infantil na cidade é de 25 óbitos para cada mil nascidos vivos, número significativamente superior à média nacional, que é de 16 óbitos.
Além disso, o acesso a cuidados médicos de qualidade é escasso, o que agrava a situação dos moradores da cidade, especialmente aqueles em situação de maior vulnerabilidade.
Esses dados mostram que Uiramutã enfrenta desafios consideráveis, e o município precisa de uma ação coordenada entre governo, sociedade civil e outras instituições para promover as melhorias necessárias e garantir uma qualidade de vida mais digna para seus habitantes.