Confira os mitos e as verdades sobre o mosquito da dengue
A dengue persiste como uma preocupação de saúde pública no Brasil, demandando esforços contínuos na busca por estratégias eficazes de combate ao Aedes aegypti. Em meio a um cenário de epidemia, é essencial distinguir entre mitos e verdades que circulam nas comunidades sobre a prevenção e controle do mosquito transmissor. Vamos desvendar alguns desses mitos e destacar as práticas verdadeiramente eficazes.
Veja a seguir
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Mitos sobre a dengue que não funcionam
- Repelente Caseiro: A mistura de limão, cravo e vela, propagada em vídeos nas redes sociais, não possui eficácia comprovada contra o Aedes aegypti. Especialistas afirmam que repelentes aprovados pela Anvisa são mais seguros e eficientes.
- “Suco Milagroso”: A crença em um suco feito com inhame, maçã, laranja e limão como cura para a dengue carece de base científica. Não há evidências de que alimentos específicos influenciam significativamente a dengue ou as plaquetas sanguíneas.
- Borra de Café como Fumacê: Queimar borra de café como método de afastar o Aedes aegypti é desmentido por especialistas. Não há substâncias na borra de café capazes de repelir efetivamente o mosquito.
- Jardim Repelente: A ideia de que certas plantas criam um ambiente hostil para os mosquitos carece de comprovação científica. Aromas de plantas não demonstraram eficácia contra o Aedes aegypti.
Verdades sobre a dengue que precisam ser reforçadas
- Prevenção Focada no Controle do Vetor: O Ministério da Saúde destaca a importância de focar no controle do mosquito Aedes aegypti e adotar medidas de proteção individual e coletiva. A prevenção permanece a melhor estratégia.
- Período Reprodutivo no Calor: É verdadeiro que o mosquito se reproduz mais rapidamente em climas quentes, explicando o aumento de casos de dengue no verão.
- Água Sanitária na Água: Colocar água sanitária em recipientes de água pode ajudar a evitar larvas do mosquito, sendo uma das medidas recomendadas.
- Imunização Após Contrair Dengue: Uma pessoa que contrai dengue fica imunizada permanentemente apenas para o sorotipo específico do vírus que a infectou. Podendo contrair até quatro vezes, sendo a segunda infecção, na maioria das vezes, mais grave.
Desconstruindo mitos populares:
Quando se trata da altura de voo do Aedes aegypti, é importante considerar que esse mosquito tem a capacidade de alcançar alturas elevadas, utilizando recursos como elevadores e embalagens para se locomover.
Sobre a utilização de repelentes e inseticidas, embora essas medidas sejam consideradas paliativas na proteção contra o Aedes aegypti, é fundamental destacar que a eliminação de criadouros é uma ação central na prevenção efetiva.
Ao contrário da crença comum, o inverno não é garantia de proteção contra a dengue. A doença pode persistir nessa estação, tornando essencial manter uma vigilância constante e práticas preventivas ao longo do ano.
É importante esclarecer que contrair dengue não confere imunidade total, e a possibilidade de contrair a doença mais de uma vez é uma realidade. A imunização não é garantida apenas com a experiência anterior da doença, reforçando a importância contínua da prevenção e do combate ao mosquito transmissor.