Cometa que passa a cada 69 anos volta esta semana; veja de onde você poderá assistir

Os amantes da astronomia podem se preparar para uma surpresa especial em julho. Este mês está repleto de fenômenos celestes, e um dos eventos mais aguardados é a passagem do cometa 13P/Olbers, que só pode ser visto da Terra a cada 69 anos. Neste sábado, dia 6, o cometa atingirá seu brilho máximo, proporcionando um espetáculo imperdível para os observadores do céu.

O 13P/Olbers foi identificado em março de 1815 pelo astrônomo Heinrich Wilhelm Matthias Olbers. Ele é categorizado como um “tipo Halley”, distinguido por ter um período orbital relativamente curto, que oscila entre 20 e 200 anos.

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Cometa
Cometa 13P/Olbers (Foto: reprodução/Dan Bartlett/NASA)
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13P/Olbers

Diferentemente dos cometas de longo período, que podem levar milhares de anos para completar uma órbita ao redor do Sol, o 13P/Olbers tem um ciclo muito mais curto. Este cometa é frequentemente analisado por astrônomos, que especulam que sua trajetória pode estar relacionada a uma chuva de meteoros em Marte.

Segundo o Observatório do Valongo, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o cometa poderá ser avistado com o auxílio de binóculos no início da noite de sábado, dia 6, direcionando o olhar para a constelação de Lince. No Brasil, as regiões Norte e Nordeste oferecem as melhores condições de observação, especialmente em locais com baixa poluição luminosa, onde a visibilidade será consideravelmente melhor.

O que são cometas?

Os cometas são corpos celestes que se originaram após a formação do nosso sistema solar, há aproximadamente 4,6 bilhões de anos. Eles são constituídos por uma combinação de gelo seco, água, rochas e outros materiais, como amônia, metano e alguns metais. Essas substâncias permanecem congeladas devido às temperaturas extremamente baixas do espaço.

À medida que um cometa se aproxima do Sol, o calor faz com que o gelo e outros materiais voláteis passem diretamente do estado sólido para o gasoso, criando uma atmosfera ao redor de seu núcleo chamada coma. A pressão do vento solar e a radiação solar então empurram essa atmosfera para longe do Sol, formando a característica cauda dos cometas.

Chuva de meteoros

Além da passagem do cometa, outro evento astronômico significativo em julho é a chuva de meteoros, que poderá ser vista no final do mês. Esse espetáculo natural será visível em todo o país e, sob condições ideais, poderá ser apreciado a olho nu, dispensando a necessidade de equipamentos especiais.

A chuva de meteoros ocorre devido a fragmentos de um meteoro cuja identidade ainda não foi confirmada pelos cientistas. Este fenômeno recebe seu nome porque seus meteoros parecem emanar de um ponto próximo à constelação de Aquário, especialmente da estrela Delta Aquarii. No auge da chuva, nas noites de 30 e 31 de julho, será possível observar cerca de 20 a 25 meteoros por hora, a partir das 21h.