Com taxa de juros fixa em 10,5%, veja o que muda no empréstimo consignado
O Banco Central (BC) publicou a Ata do Comitê de Política Monetária (Copom), na última terça-feira (25), reforçando que a taxa de juros, a Selic, deve permanecer em 10,5% ao ano por um período prolongado.
A decisão de manter a taxa foi tomada diante da deterioração do cenário inflacionário e da necessidade de uma política fiscal crível. Esse cenário impacta diretamente os empréstimos consignados, especialmente aqueles destinados aos beneficiários do INSS, que têm visto mudanças nas taxas máximas de juros.
A decisão do Copom de manter a Selic em 10,5% ao ano veio após sete cortes consecutivos na taxa de juros. O colegiado do BC, presidido por Roberto Campos Neto, justificou a decisão pela incerteza global, principalmente sobre a política monetária dos Estados Unidos, e pelo aquecimento inesperado da economia brasileira. A meta de inflação para este ano é de 3%, com uma tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. O foco do BC é atingir essa meta até 2025, com projeções de inflação em 4,0% para 2024 e 3,4% para 2025.
O BC introduziu um cenário alternativo para a inflação, considerando que a Selic permaneça estável até o fim de 2025. Nesse cenário, a projeção de inflação para o próximo ano fica em 3,1%, próximo do centro da meta de 3,0%. A manutenção da política monetária contracionista é vista como necessária para consolidar o processo de desinflação e ancorar as expectativas em torno das metas inflacionárias.
Entenda a redução nas Taxa de Juros do Consignado
Desde o início do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) tem implementado várias reduções no teto máximo da taxa de juros do consignado. Em 24 de abril deste ano, a taxa de juros foi reduzida para 1,68% ao mês para empréstimos pessoais e 2,49% para cartões de crédito. Este movimento reflete a nova política adotada pelo Ministro da Fazenda, Carlos Lupi, que promete continuar diminuindo as taxas para beneficiar os 39 milhões de segurados da Previdência Social.
A Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) propôs mudanças significativas no processo de definição do teto de juros do consignado do INSS. Recentemente, representantes da Febraban se reuniram com a ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, solicitando que o poder de definir o teto de juros do consignado seja transferido para o Conselho Monetário Nacional (CMN). A ministra considerou o pedido razoável e afirmou que o tema será debatido em breve.
Como as mudanças afetam os Segurados do INSS
Com as recentes reduções nas taxas máximas de juros do consignado, é essencial que os segurados do INSS pesquisem bem antes de fechar um contrato. As taxas máximas estabelecidas pelo CNPS funcionam apenas como um teto; cada instituição financeira tem a liberdade de definir suas próprias taxas, desde que não ultrapassem esse limite. Para facilitar essa pesquisa, os segurados podem seguir os seguintes passos:
- Passo 1: Acesse o aplicativo ou site Meu INSS.
- Passo 2: Na página inicial, escreva “Taxas de Empréstimo Consignado” na barra de busca.
- Passo 3: Uma página com a lista de bancos e as taxas praticadas será aberta.
- Passo 4: Para ver mais bancos, role até o final da página e clique em “Ver mais”.
- Passo 5: Também é possível buscar diretamente pela instituição desejada na barra de pesquisa.