Desde as últimas semanas, consumidores em diversas regiões do Rio Grande do Sul têm enfrentado dificuldades para encontrar o famoso refrigerante Coca-Cola nas prateleiras dos supermercados. Esta escassez, que vem sendo observada em vários pontos do estado, é resultado de uma série de desafios enfrentados pela empresa, desde questões logísticas até impactos econômicos mais amplos.
A situação tem chamado a atenção tanto de consumidores quanto de analistas de mercado, levantando questionamentos sobre os motivos por trás dessa súbita dificuldade de encontrar um dos refrigerantes mais populares do mundo no Rio Grande do Sul.
Entre os fatores que contribuíram para essa situação está o recente incidente envolvendo a engarrafadora Femsa, localizada em Porto Alegre, que foi atingida pela cheia do lago Guaíba. Essa inundação afetou significativamente a logística da empresa, dificultando a reposição dos estoques.
Segundo relatos, a Coca-Cola tem sido menos vista ou, em alguns casos, completamente ausente nas prateleiras dos supermercados. Pequenos estabelecimentos, em particular, estão sendo os mais afetados, uma vez que não conseguem encontrar reposição nos atacados da região.
Representantes da marca têm se empenhado em normalizar a distribuição o mais rápido possível, buscando alternativas como o abastecimento por meio de unidades em Santa Maria e Antônio Carlos, em Santa Catarina. No entanto, ainda não há um prazo definitivo para a normalização do abastecimento.
Veja a seguir:
Desabastecimento da Coca-cola é só uma das consequências das enchentes
Enquanto isso, as consequências das recentes chuvas e inundações no estado também impactaram diretamente a população. Em Mariante, distrito de Venâncio Aires, as águas do rio Taquari começaram a baixar, revelando um cenário de destruição. A localidade, que resistiu a inundações históricas, sucumbiu às chuvas de maio, resultando na devastação de toda a infraestrutura e quase todas as 618 casas da região.
Diante dessa situação, a prefeitura de Venâncio Aires planeja realocar os moradores para Vila Estância Nova, antigo local do Instituto Penal do município. Para isso, foi solicitada ao governo estadual uma área de 5,7 hectares. As imagens capturadas nesta segunda-feira (20) revelam o impacto avassalador das enchentes, com imóveis completamente destruídos e casas arrastadas pela força das águas.
Os dados oficiais apontam que em Venâncio Aires, mais de 23 mil pessoas foram afetadas pelas chuvas, sendo que 8 mil precisaram deixar suas casas. Mais de 200 pessoas ainda permanecem em abrigos da prefeitura, aguardando ações para reconstrução e realocação.
A Coca-Cola, ciente dos desafios enfrentados pelos consumidores e das dificuldades logísticas, emitiu um comunicado geral sobre o desabastecimento, destacando seu compromisso em resolver a situação o mais rápido possível e garantir que seus produtos voltem às prateleiras de forma regular. A empresa ressalta ainda seu apoio às comunidades afetadas pelas chuvas e se solidariza com os moradores que enfrentam dificuldades nesse momento delicado.