Círculo de fogo pode se formar no Oceano Atlântico; entenda este fenômeno

A Terra é um espetáculo contínuo de transformações, onde uma superfície que conhecemos é moldada e remoldada ao longo de eras geológicas. Entre os muitos espectadores que marcam essa mutação constante, a formação de círculos de fogo nos oceanos surge como um dos mais intrigantes e imponentes.

No Oceano Atlântico, onde as águas se estendem por quilômetros, geólogos visionários de Portugal e da Alemanha tecem dispersão audaciosas: um círculo de fogo, qual coroa de fogo celestial, pode um dia surgir das profundezas atlânticas. Uma perspectiva monumental, onde a natureza desenhou suas próprias epopeias ao longo de milhões de anos.

O círculo de fogo, ou anel de fogo, já é uma realidade reconhecida nas águas do Pacífico, abraçando áreas do oceano com a imponência de sua atividade vulcânica e sísmica. Lá, vulcões rugem e terremotos sacodem a terra e o mar em uma dança cósmica de forças telúricas. É uma região onde a Terra parece pulsar com uma energia primitiva, registrando-nos de sua juventude turbulenta.

Os olhos da ciência se voltam agora para o Atlântico

Um círculo de fogo neste oceano, um testemunho da evolução ininterrupta do planeta, ainda se encontra no horizonte distante do tempo geológico. Não é uma profecia para os anos vindouros, mas para as eras que se desdobrarão ao longo de vinte milhões de anos.

A narrativa da Terra é uma saga de nascimentos e mortes, de continentes que surgem do abismo e oceanos que lentamente se fecham. O Atlântico, que hoje ancora continentes e alimenta civilizações, um dia foi apenas uma fenda aberta na superfície da Pangeia, o supercontinente ancestral que deu origem a nossa geografia atual.

Os oceanos, como organismos vivos de escala titânica, têm seus próprios ciclos de vida, estendendo-se por períodos que desafiam nossa compreensão. O Atlântico, filho da Pangeia, ainda não está no auge de sua existência, mas os primeiros murmúrios de seu declínio já ecoam nos corredores da geologia. O destino do Atlântico está entrelaçado com o destino do Mediterrâneo, o último vestígio de um vasto oceano que um dia reinou entre África e Eurásia.

No estudo que delineia esse futuro possível, os cientistas nos oferecem um brilho de um processo majestoso e complexo. A formação de novas zonas de subducção, onde placas tectônicas se encontram e um mergulhador sob a outra, é o éden onde o círculo de fogo do Atlântico pode nascer. É um processo de dança cósmica, onde as placas tectônicas desempenham seus papéis em um teatro de milhões de anos.

O Estreito de Gibraltar, um portal entre continentes, é o epicentro dessa saga. Ali, as placas euro-asiáticas e africanas se confrontam, numa fronteira entre mundos. Se o estreito migrar para o Atlântico, se as placas se moverem conforme previsto nos modelos computacionais, então testemunharemos o início do fim de um oceano. É o prelúdio de um fechamento que se desdobrará em escalas temporais que desafiarão nossa compreensão.