Cientistas dizem que novo oceano está em formação

Nos últimos meses, cientistas estão estudando um oceano em formação. Conforme divulgado, esse fenômeno foi identificado na África, onde um novo oceano está lentamente se formando devido à separação das placas tectônicas. 

Neste caso, cientistas descobriram recentemente a extensão e a profundidade da fenda na falha da África Oriental, um evento que pode eventualmente levar à criação de um oceano inteiramente novo.

A descoberta foi publicada na revista científica Geophysical Research Letters e detalhada em um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Leeds. A rachadura, que se iniciou no deserto da Etiópia em 2005, já percorre cerca de 60 quilômetros e cobre uma área de mais de 30 milhões de quilômetros quadrados.

Essa fissura, que está localizada nas bordas de três placas tectônicas — africana, árabe e somali — e, conforme observado, está se alargando ao longo dos anos, a uma taxa de 2,5 centímetros por ano. Além disso, o processo já dura aproximadamente 30 milhões de anos, desde que as placas tectônicas começaram a se separar lentamente.

O que dizem os estudos sobre esse fenômeno?

Por enquanto, a descoberta tem intrigado os cientistas, pois oferece uma oportunidade única de estudar a transição de uma fenda continental para uma fenda oceânica, algo ainda não presenciado pela comunidade acadêmica atual. Christopher Moore, estudante de doutorado envolvido na pesquisa, destacou a singularidade desse evento: “Este é o único lugar na Terra onde você pode estudar como uma fenda continental se torna uma fenda oceânica.”

Os impactos dessa separação não se limitam apenas à geologia. Dessa forma, países como Zâmbia e Uganda, que atualmente não têm acesso ao mar, poderiam um dia ter seus próprios litorais. Além disso, a formação de um novo oceano terá efeitos a longo prazo sobre o clima e a geografia da região, embora essas mudanças ocorram em uma escala de tempo muito maior do que a escala humana.

Apesar disso, os cientistas envolvidos na pesquisa enfatizam que esses eventos são parte natural do movimento constante das placas tectônicas, que moldam a superfície da Terra ao longo de milhões de anos. Portanto, estudar esse processo não só nos ajuda a entender melhor a história da Terra, mas também nos dá novas perspectivas sobre como nosso planeta pode evoluir no futuro.

Como estão sendo feitas as pesquisas?

Segundo os cientistas, os estudos estão utilizando tecnologias avançadas para monitorar a evolução da fissura. O uso de dados sísmicos e tecnologia de radar de satélite tem sido fundamental para compreender os movimentos das placas tectônicas e prever o futuro desenvolvimento da região. Neste caso, as ferramentas permitem aos pesquisadores obter informações precisas sobre a extensão e a profundidade da rachadura, além de monitorar a atividade vulcânica na região da África Oriental.

Por outro lado, a formação do novo oceano também levanta questões sobre como as futuras mudanças geográficas afetarão a biodiversidade na região. Nesse sentido, os cientistas estão estudando novas possibilidades, como a criação de um novo ambiente marinho, novas espécies de animais e plantas podem surgir, enquanto outras podem desaparecer devido à mudança das condições ambientais. 

Para finalizar, a formação deste novo oceano é um processo que pode durar anos e ainda é incerto o que pode acontecer na região, por isso os cientistas estão mantendo um monitoramento constante e analisando diversas possibilidades. Até o momento, o novo oceano ainda está em formação.