Cidades brasileiras que podem sumir com o avanço do mar
O aumento do nível do mar, impulsionado pelas mudanças climáticas, representa uma ameaça crescente às cidades costeiras de todo o mundo, e o Brasil não está imune a essa realidade.
Um estudo recente da Organização Meteorológica Mundial (OMM) destaca que sete importantes cidades brasileiras podem sofrer sérias consequências nas próximas décadas, caso o ritmo atual das emissões de gases do efeito estufa não seja controlado.
O impacto pode ser devastador, com vastas áreas urbanas correndo o risco de ficarem submersas.
Cidades brasileiras que podem sumir com o avanço do mar
A elevação do nível do mar é resultado do aquecimento global, intensificado pelo derretimento de geleiras e o fenômeno El Niño, que agrava a situação com a erosão costeira e a perda de praias.
As cidades mais vulneráveis incluem algumas das principais metrópoles e centros turísticos do Brasil.
Santos (SP), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), Fortaleza (CE), Recife (PE), São Luís (MA) e Porto Alegre (RS) estão entre as localidades que, segundo a OMM, correm maior risco de inundação se não houver medidas preventivas eficazes.
Essas cidades são vitais para a economia e o turismo do país, e a ameaça de submersão não afeta apenas a infraestrutura, mas também a segurança de milhões de pessoas que vivem em áreas costeiras.
A vulnerabilidade dessas regiões é agravada pela retirada da vegetação nativa, como o Jundu, que tem função essencial na contenção da erosão e proteção contra o avanço do mar.
A remoção dessa vegetação, em grande parte devido a intervenções humanas, como projetos urbanísticos, expõe ainda mais essas cidades aos perigos das inundações.
Cidades gaúchas já apontam aumento do nível do mar
Além das previsões da OMM, especialistas alertam sobre a gravidade do problema.
O pesquisador Jefferson Cardia Simões, um dos maiores estudiosos da Antártida, traz um olhar focado na situação do Brasil, especialmente no Rio Grande do Sul.
Segundo Simões, o aumento do nível do mar já é visível na costa gaúcha, e ele prevê que nos próximos 80 anos o mar pode subir até 1,2 metro, transformando drasticamente a paisagem e exigindo adaptações urgentes nas políticas públicas e no planejamento urbano.
Simões enfatiza que, além da subida do nível do mar, as mudanças no clima, como o aumento de até 2°C na temperatura média e a alteração no padrão de chuvas, trarão consequências severas para as áreas urbanas e rurais.
A falta de ações coordenadas e de um planejamento adequado para lidar com esses fenômenos pode colocar em risco a vida e os meios de subsistência de milhões de brasileiros que vivem em zonas litorâneas.
A mensagem é clara: se o Brasil não priorizar medidas contra as mudanças climáticas, o futuro de suas cidades costeiras será incerto.