O presidente da Casas Bahia, Renato Franklin, anunciou na última segunda-feir0 (29/04) a um acordo fundamental com os principais credores da empresa, Bradesco e Banco do Brasil, visando evitar sua falência.
A decisão estratégica visa reorganizar parte das dívidas financeiras da varejista, sendo que juntos, esses dois bancos detêm 55% dos créditos devidos pela empresa. Vale lembrar que a varejista, desde o momento do anúncio de crise, no ano passado, totalizou o fechamento de até 100 lojas e a demissão de seis mil funcionários. Apesar disso, o pedido de recuperação extrajudicial foi concluído com sucesso.
Desafios reconhecidos, mas foco na reestruturação
Franklin enfatizou a consciência dos desafios que a Casas Bahia ainda enfrentará, mas expressou confiança no apoio dos bancos para reduzir as preocupações financeiras e concentrar esforços na reestruturação operacional iniciada durante sua gestão.
A renegociação das dívidas ocorre em um cenário de demanda fraca, destacando a necessidade de resolver questões financeiras para impulsionar a recuperação do negócio. A pressão dos credores financeiros poderia impactar negativamente os planos de retomada da empresa.
Em live transmitida no Youtube, o CEO expôs alguns números do acordo firmado e afirmou que era uma “solução definitiva” para a diminuição das dívidas.
Compromissos e medidas para a recuperação
A Casas Bahia comprometeu-se com medidas importantes, como migrar linhas de crédito para o fundo de direitos creditórios, reduzindo o risco para os bancos e fortalecendo a posição da empresa.
A empresa concentra esforços na melhoria da margem bruta, na expansão dos serviços oferecidos e no aumento da participação de mercado, como parte do plano de recuperação delineado.
Plano de recuperação ambicioso
O plano inclui uma emissão de debêntures conversíveis em ações, com a possibilidade de conversão de parte da dívida em participação na empresa. Esse plano ambicioso visa garantir a estabilidade financeira e o crescimento sustentável da Casas Bahia.