Cantor de pagode é condenado a pagar R$ 1 milhão por bar invadido e ameaças

A cena do pagode brasileiro foi abalada recentemente por uma decisão judicial envolvendo o cantor Belo. A Justiça de São Paulo determinou que Belo deve ter seus novos pagamentos e cachês penhorados devido ao não comparecimento em um show em Jaboticabal, interior de São Paulo, em 2010. Atualmente, a dívida é estimada em R$ 1 milhão.

Entenda o caso

O valor deve ser pago ao produtor de eventos Flávio Silva Andrade, proprietário do local e responsável pela organização do show que Belo não compareceu. Flávio alegou que, devido à ausência do cantor, teve seu bar invadido, a bilheteria saqueada, e ainda sofreu ameaças e apedrejamento do estabelecimento.

Em 2019, Belo e a produtora Jr Empreendimentos e Produções Ltda foram condenados a pagar uma indenização por danos morais e materiais a Flávio. A condenação aconteceu em 2019, mas, como o cantor não realizou o pagamento, a Justiça determinou a penhora de novos cachês na última terça-feira, 14 de maio.

Belo não pode mais recorrer da decisão, uma vez que o processo transitou em julgado. Cabe agora à defesa do cantor questionar o cálculo dos valores da indenização.

Histórico de dívidas

Este não é o único embate judicial que Belo enfrenta. O cantor tem uma longa disputa com o ex-jogador Denilson, que se arrasta há mais de 20 anos. Tudo começou quando Denilson acionou a Justiça alegando que Belo havia quebrado um contrato ao deixar o grupo Soweto para seguir carreira solo. Na época, Denilson havia adquirido os direitos da banda.

Desde então, a briga entre os dois tem sido pública e intensa, com Denilson cobrando a dívida em diversas ocasiões. A dívida girava em torno de R$ 7 milhões. No ano passado, houve um anúncio de que a dívida havia sido paga, mas Denilson desmentiu a informação, afirmando que não procedia.