Brasileiros estão usando ‘celular reserva’ para fazer transações bancárias
Com o aumento do número de roubos e furtos de celulares no Brasil, uma nova prática tem ganhado força entre a população: o uso de um “celular reserva” para realizar transações bancárias.
De acordo com dados recentes, um em cada três brasileiros já adotou essa medida de segurança.
O objetivo é simples: manter um aparelho mais antigo, geralmente guardado em casa, apenas para acessar aplicativos de bancos, enquanto o celular principal é utilizado nas atividades cotidianas.
Brasileiros estão usando ‘celular reserva’ para fazer transações bancárias
A estratégia visa minimizar o impacto de roubos, que ocorrem a um ritmo alarmante no país. Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), quase dois celulares são furtados a cada minuto.
Diante desse cenário, o uso de um celular separado para atividades financeiras é visto como uma forma de proteger dados sensíveis e evitar fraudes caso o aparelho principal seja roubado.
Os usuários que adotam o “celular reserva” acreditam que essa medida reduz o risco de que criminosos tenham acesso direto a suas contas bancárias.
Ao deixar o celular exclusivo para transações em casa, longe de locais de risco, o acesso aos aplicativos de bancos fica mais controlado.
Além disso, o uso de um aparelho secundário oferece uma camada adicional de proteção, já que ele é raramente exposto a ambientes públicos onde roubos são mais frequentes.
- Veja Também:
- Por que um furacão não consegue atingir o Brasil?
Celular reserva pode oferecer risco se for muito antigo
Entretanto, especialistas em segurança digital alertam que, embora a prática seja útil, ela não garante proteção total.
Um dos principais riscos está no fato de que muitos desses aparelhos de reserva são modelos mais antigos, com sistemas operacionais desatualizados e sem suporte para as atualizações de segurança mais recentes.
Isso pode tornar esses dispositivos vulneráveis a malwares, golpes de phishing e outros tipos de ataques cibernéticos.
Embora a ideia de separar as transações bancárias do celular principal tenha uma lógica de proteção, o uso de aparelhos mais antigos pode ser um problema.
Sem atualizações frequentes, esses dispositivos podem não contar com os níveis de criptografia e autenticação avançada presentes em modelos mais recentes.
Dessa forma, o celular reserva pode se tornar alvo fácil de hackers, mesmo sem estar nas mãos de criminosos físicos.
Além disso, especialistas recomendam que, independentemente de utilizar um celular principal ou reserva, os usuários devem adotar boas práticas de segurança.
Isso inclui manter os aplicativos bancários atualizados, utilizar senhas fortes e ativar a autenticação em dois fatores.
Somente com essas medidas adicionais é possível garantir uma camada extra de proteção contra fraudes e invasões.