Brasil pode ter nova variante do Covid-19
Recentemente, uma nova variante do coronavírus, denominada XEC, foi identificada em três estados brasileiros, levantando preocupações sobre sua transmissibilidade e possíveis impactos no combate à pandemia de Covid-19.
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) confirmou a presença da linhagem nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina, em um momento em que o Brasil já vinha registrando uma diminuição nos casos da doença.
A descoberta dessa nova cepa reforça a necessidade de vigilância contínua no país.
Brasil pode ter nova variante do Covid-19
Os primeiros casos da variante XEC foram detectados em pacientes do Rio de Janeiro que testaram positivo para Covid-19 em setembro.
Posteriormente, o material genético correspondente à linhagem foi encontrado também em São Paulo e Santa Catarina, segundo informações divulgadas pela Fiocruz.
Essa variante foi classificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma linhagem “sob monitoramento” devido às suas características genéticas e à rápida propagação observada em outras partes do mundo.
A XEC surgiu através de um fenômeno conhecido como recombinação genética, que ocorre quando uma pessoa é infectada por duas variantes do coronavírus ao mesmo tempo.
No processo de replicação viral, esses dois vírus podem combinar seus genomas, resultando em uma nova linhagem, como a XEC, que contém elementos das variantes KS.1.1 e KP.3.3.
Além disso, a XEC apresenta mutações adicionais que podem facilitar sua disseminação, tornando-a potencialmente mais transmissível do que outras variantes em circulação.
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Nova variante da Covid-19 já está em mais de 30 países
De acordo com a OMS, mais de 30 países já relataram a presença da variante XEC em seus territórios, com destaque para o aumento de casos na Alemanha e em várias regiões da Europa, entre junho e julho de 2024.
Desde então, a linhagem se espalhou por diversos continentes, incluindo as Américas, a Ásia e a Oceania.
No Brasil, especialistas alertam para a necessidade de acompanhar de perto a evolução dessa variante, especialmente devido às diferenças na imunidade populacional de cada país.
Apesar da detecção da XEC, a Fiocruz ressalta que, até o momento, a variante JN.1 continua sendo a predominante no Brasil.
Entretanto, com o aumento nos diagnósticos de Covid-19 em algumas regiões, a vigilância genômica deve ser intensificada para monitorar possíveis mudanças no cenário epidemiológico.
A atenção ao comportamento da XEC no Brasil é fundamental para garantir que eventuais mutações não impactem a eficácia das vacinas.
A OMS, em conjunto com especialistas globais, já está discutindo a adaptação dos imunizantes para garantir uma resposta eficaz às variantes emergentes.