Brasil pode enfrentar nova frente fria com chuvas intensas e ciclone
Nesta terça-feira, 15, uma nova frente fria começou a se desenvolver no Brasil, resultando em chuvas intensas e na formação de um ciclone extratropical, especialmente na Região Sul. Esse fenômeno é estimulado por um cavado, que representa uma área de baixa pressão atmosférica, e deve ter seu efeito mais significativo no Estado do Rio Grande do Sul.
De acordo com o site Meteored, a chegada do cavado irá criar uma nova área de baixa pressão entre o Rio Grande do Sul e o Uruguai, gerando uma nova frente fria. Um ciclone extratropical deve se formar próximo à costa do Rio Grande do Sul e do Uruguai durante a noite.
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Previsão de frente fria
Para o restante da semana, a expectativa é de tempo estável na maior parte da Região Sul, embora se observe algumas nuvens variando no leste, desde o litoral norte do Rio Grande do Sul até o leste do Paraná. Nesta quarta-feira, 16, são esperadas chuvas fracas e pontuais no meio-oeste de Santa Catarina e no sul do Paraná.
Na quinta-feira, 17, espera-se que o centro do Paraná receba chuvas fracas durante a tarde. Já na sexta-feira, 18, a quantidade de nuvens deve aumentar, mas o tempo permanecerá estável somente no sul e oeste do Rio Grande do Sul, além do norte do Paraná. A partir da tarde, é possível que ocorram chuvas intensas em Santa Catarina, no norte do Rio Grande do Sul e no centro-sul do Paraná.
Os maiores volumes de chuva previstos até sexta-feira estão localizados no sul, oeste e sudoeste do Rio Grande do Sul. Estima-se que Alegrete receba cerca de 40 mm, Cacequi 39 mm, Rosário do Sul 48 mm, Piratini 51 mm e Canguçu 44 mm.
No sábado (19), as instabilidades persistem, trazendo chuvas isoladas por todo o Paraná, com temperaturas amenas durante o dia. No domingo (20), as tempestades devem se estender ao Rio de Janeiro e ao Espírito Santo, resultando em um fim de semana chuvoso em toda a Região Sudeste.
Ciclone extratropical
De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), os ciclones tropicais apresentam um núcleo de baixa pressão, caracterizando-se por serem quentes e profundos, abrangendo desde a superfície até as camadas superiores da atmosfera. Essas tempestades são capazes de gerar ventos intensos e chuvas volumosas, com diâmetros que podem alcançar centenas de quilômetros e uma duração que varia de dias.
A distinção entre tempestades tropicais e extratropicais é importante. Os ciclones tropicais têm a capacidade de se converter rapidamente em furacões, ao passo que as tempestades extratropicais, que contêm ar frio em seu núcleo e geram energia pela interação entre massas de ar quente e frio, não possuem essa característica. Segundo o INMET, as tempestades extratropicais são mais frequentes no Brasil, ocorrendo ao longo do ano, com um aumento de incidência no inverno.