Bandeira vermelha! Conta de energia vai pesar no bolso este mês com aumento de 13%

Os consumidores brasileiros enfrentarão um aumento significativo na conta de energia elétrica em setembro, com a ativação da bandeira vermelha patamar 2 pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Essa medida, tomada por conta da necessidade de utilizar usinas termelétricas mais caras devido à seca nos reservatórios hidrelétricos, pode elevar os custos de energia em até 13%, dependendo do consumo médio de cada residência.

Conta de energia vai pesar no bolso este mês com aumento de 13%

A decisão da Aneel pegou muitos de surpresa, já que a agência optou por pular diretamente da bandeira verde para a vermelha no nível mais elevado, sem passar pela fase intermediária da bandeira amarela ou vermelha patamar 1.

Com isso, os consumidores precisarão pagar um adicional de R$ 7,877 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos, uma mudança que pode gerar um impacto expressivo nas finanças familiares.

O cenário hidrológico desfavorável, com seca afetando diversas regiões do país, foi o principal motivador para essa mudança.

Com o nível dos reservatórios hidrelétricos em baixa, as usinas termelétricas, que têm um custo operacional mais alto, precisam ser acionadas para garantir o fornecimento de energia.

Esse aumento no custo de geração é repassado aos consumidores por meio das bandeiras tarifárias, que funcionam como um indicador da situação do sistema elétrico.

Especialistas do setor financeiro e de energia estimam que esse aumento na tarifa de energia elétrica deve contribuir para uma alta na inflação em setembro.

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que já vinha registrando crescimento, pode receber um acréscimo de até 0,52 ponto percentual devido ao aumento na conta de luz.

Essa elevação pode fazer com que o IPCA de setembro atinja 0,72%, pressionando ainda mais a inflação anual, que já está próxima ao teto da meta estabelecida pelo Banco Central.

Conta de energia pode ficar mais cara até o final do ano

Diante desse cenário, economistas avaliam que a bandeira vermelha patamar 2 deve continuar vigente até o final do ano, o que pode manter a pressão inflacionária.

Caso a situação hidrológica melhore, existe a possibilidade de retorno à bandeira amarela, o que traria algum alívio aos consumidores, mas, por enquanto, essa é uma perspectiva incerta.

Para os consumidores que desejam minimizar o impacto desse aumento na conta de luz, a recomendação é adotar medidas de economia de energia, como reduzir o uso de aparelhos elétricos durante os horários de pico e optar por equipamentos mais eficientes energeticamente.

Com a bandeira vermelha em patamar 2, o custo da energia elétrica aumenta significativamente, refletindo o impacto das condições climáticas adversas e a dependência do país em fontes de energia mais caras.

O consumidor, portanto, deve se preparar para sentir esse peso no bolso durante os próximos meses.