Azul solicita recuperação judicial nos Estados Unidos
A Azul Linhas Aéreas Brasileiras decidiu entrar com um pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos. O movimento ocorre após um período de dificuldades financeiras significativas, exacerbadas por um elevado nível de endividamento.
O pedido de recuperação surge em um momento em que a Azul estava considerando uma fusão com a Gol, mas agora essa possibilidade está temporariamente suspensa.
A empresa brasileira se junta a outras companhias aéreas latino-americanas que também buscaram proteção judicial nos últimos anos, em resposta aos desafios econômicos impostos pela pandemia.
A notícia teve um impacto imediato no mercado, com as ações da Azul caindo consideravelmente antes da abertura dos mercados norte-americanos.
Quais fatores contribuíram para a situação atual da Azul?
Nos últimos anos, a Azul enfrentou uma série de desafios que contribuíram para sua situação financeira atual.
Entre eles, destacam-se os problemas na cadeia de suprimentos, que resultaram em atrasos na entrega de aeronaves, e a desvalorização do real em relação ao dólar, que aumentou os custos operacionais. Esses fatores, combinados com o impacto da pandemia, colocaram uma pressão significativa sobre a empresa.
Para mitigar esses desafios, a Azul já havia iniciado um processo de reestruturação, incluindo acordos com arrendadores de aeronaves para reduzir a dívida em troca de participação acionária. No entanto, as condições econômicas adversas continuaram a impactar a empresa, levando à decisão de buscar proteção judicial.
Como a Azul planeja superar os desafios financeiros?
Para enfrentar suas dificuldades financeiras, a Azul estabeleceu acordos com importantes parceiros financeiros, incluindo grandes detentores de títulos e arrendadores de aeronaves.
Esses acordos são parte de um plano de reestruturação que visa reduzir a dívida da empresa. A Azul garantiu um compromisso de financiamento de US$ 1,6 bilhão, além de um plano para eliminar mais de US$ 2 bilhões em dívidas.
O presidente da Azul, John Rodgerson, expressou confiança de que a empresa poderá concluir o processo de recuperação judicial antes do final do ano. Ele destacou que, embora a saída do processo seja desafiadora, a Azul está bem posicionada para emergir mais forte, com o apoio financeiro já assegurado.