Até quando vai durar a fumaça das queimadas no Brasil?
O mês de setembro tem sido marcado por uma intensificação das queimadas em diversas regiões do Brasil. A consequência desse cenário é a dispersão de uma densa nuvem de fumaça que vem se alastrando por quase todo o território nacional.
Isso porque o clima seco, aliado ao calor extremo, tem favorecido o aumento dos incêndios florestais, principalmente no Pantanal, Amazônia e Cerrado.
Esse fenômeno já afeta a qualidade do ar em várias cidades e levanta preocupações entre a população sobre o impacto na saúde e no cotidiano, além de gerar a dúvida: até quando a fumaça vai persistir?
Até quando vai durar a fumaça das queimadas no Brasil?
Segundo informações da Climatempo, a fumaça que cobre boa parte do Brasil também está sendo impulsionada por queimadas em países vizinhos, como Bolívia, Paraguai e Argentina.
O deslocamento dessa nuvem de poluentes ocorre por meio de correntes atmosféricas que transportam a fumaça de regiões do Norte e Centro-Oeste para o Sul do país.
Além de prejudicar a visibilidade e alterar a coloração do céu, deixando-o laranja, essa fumaça tem sérios impactos à saúde, agravando problemas respiratórios e aumentando o risco de doenças como bronquite e asma.
Até o momento, dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) indicam que, entre 1º de janeiro e 7 de setembro, foram registrados mais de 156 mil focos de incêndio no Brasil, o maior número em 14 anos.
A situação crítica exige atenção não apenas pelas consequências ambientais, mas também pela saúde pública, à medida que a exposição prolongada a esse tipo de poluição pode levar a complicações de saúde em diversas faixas etárias.
Quando a fumaça vai embora?
De acordo com a previsão meteorológica da Climatempo, a dissipação da fumaça está diretamente ligada ao retorno das chuvas regulares. No entanto, a perspectiva de chuva significativa para aliviar a situação ainda é remota.
Até meados de setembro, algumas áreas do Sul do Brasil e regiões do Mato Grosso do Sul poderão receber chuvas esparsas, mas a previsão é que a maior parte do território brasileiro continue sob os efeitos da seca e do calor, favorecendo a continuidade das queimadas.
A previsão é que, sem chuvas constantes, a fumaça continue a se espalhar pelo menos até o final de setembro, mantendo o ar carregado de poluentes.
Como se proteger dos perigos da fumaça?
Enquanto a situação não melhora, especialistas recomendam que a população tome algumas medidas para se proteger da fumaça. Entre as principais orientações estão:
- Evitar atividades físicas ao ar livre, especialmente em horários de maior concentração de poluentes.
- Manter janelas e portas fechadas para impedir que a fumaça entre nos ambientes internos.
- Usar máscaras de proteção quando necessário.
- Ingerir bastante água para ajudar na hidratação das vias respiratórias.
Essas precauções podem ajudar a mitigar os efeitos negativos da poluição causada pelas queimadas até que a situação seja controlada.