Após decisão dos EUA sobre o TikTok, China sobe o tom sobre adotar medidas necessárias

A recente decisão da Câmara de Representantes dos Estados Unidos de aprovar um projeto de lei que pressiona o TikTok a se desvincular de sua matriz chinesa, ByteDance, despertou uma forte reação do governo da China. Em um comunicado emitido nesta quinta-feira, o Ministério do Comércio da China afirmou que adotará “todas as medidas necessárias” para proteger os interesses de suas empresas no exterior.

O porta-voz do Ministério do Comércio, He Yadong, expressou a necessidade de os Estados Unidos respeitarem os princípios da economia de mercado e da concorrência justa. Ele destacou que as ações dos Estados Unidos, que buscam reprimir injustamente as empresas estrangeiras, são contrárias aos princípios fundamentais do comércio internacional.

Há vários meses, a plataforma tem sido alvo de acusações por parte das autoridades americanas, que alegam que o aplicativo representa um risco à segurança nacional ao permitir que o governo chinês espione e manipule seus usuários. No entanto, a empresa nega veementemente tais alegações.

A aprovação do projeto de lei pela representa um passo importante nessa disputa

A medida propõe que o TikTok seja obrigado a romper seus laços com a ByteDance, sua controladora chinesa, sob ameaça de proibição nos Estados Unidos. Essa decisão, se concretizada, teria implicações profundas tanto para o TikTok quanto para as relações comerciais entre os dois países.

Entretanto, o destino do projeto de lei ainda está em aberto, pois ele precisa passar pelo Senado, onde enfrentará maior resistência. Alguns congressistas questionam a severidade da medida, considerando-a excessivamente drástica e potencialmente prejudicial aos interesses comerciais e diplomáticos dos Estados Unidos.

Por sua vez, a China reagiu vigorosamente, reafirmando seu compromisso em proteger os interesses legítimos de suas empresas. O Ministério das Relações Exteriores chinês condenou a medida como contrária aos princípios da livre concorrência e das regras internacionais de economia e comércio.

Diante desse cenário de crescente tensão, o CEO do TikTok, Shou Zi Chew, apelou aos usuários americanos do aplicativo para que protestem contra a medida. Em uma mensagem de vídeo postada na rede social X, ele convocou os usuários a protegerem seus direitos constitucionais e a fazerem suas vozes serem ouvidas.