Americanas decide encerrar alguns de seus serviços e pega todos de surpresa
Em uma decisão inesperada, a Americanas, que atualmente enfrenta um processo de recuperação judicial, anunciou a descontinuação dos sites e aplicativos do Submarino e Shoptime.
Esses serviços serão integrados à marca principal da companhia, em um movimento estratégico que busca tornar seu marketplace um espaço dedicado a lojas oficiais de grandes marcas.
Americanas decide encerrar alguns de seus serviços
A empresa informou que essa integração está alinhada com sua nova estratégia de negócios, que visa uma operação mais ágil e eficiente.
“A companhia ressalta que a integração acelera seu plano de transformação e foco, oferecendo novas possibilidades para clientes, parceiros, fornecedores, acionistas e investidores“, declarou a Americanas em comunicado oficial.
Com essa mudança, a marca principal se beneficia de um maior tráfego e volume de clientes.
Nos últimos anos, a Americanas reduziu significativamente sua presença no comércio eletrônico, adotando uma postura focada na rentabilidade.
Anteriormente, o segmento online representava mais de 50% das vendas da empresa, mas a expectativa agora é que essa fatia caia para cerca de 20%.
Vendas online da Americanas deve seguir em déficit
Apesar dessa redução, a operação digital ainda deve apresentar déficits nos próximos anos.
Conforme fontes envolvidas na reestruturação, espera-se que 95% ou mais das vendas digitais da Americanas venham de mercadorias de terceiros, com destaque para lojas oficiais de grandes marcas, como Samsung e Nestlé, que devem representar a maior parte do marketplace.
Dados recentes mostram que, nos primeiros nove meses de 2023, as vendas digitais da Americanas somaram R$ 4,8 bilhões, cerca de 29% do total, refletindo uma queda de 77% em comparação ao mesmo período de 2022.
Mudança na Americanas ocorre após fraude
Essa mudança significativa no negócio digital da Americanas ocorre após a descoberta de uma fraude contábil que ocultava perdas financeiras na operação online.
Inspirada no modelo do Tmall, da Alibaba, a Americanas busca agora contratos com fornecedores estratégicos para vender diretamente ao consumidor através de sua plataforma.
Desde a fusão com o Submarino em 2006, que originou a B2W, a Americanas passou por diversas transformações, mas a recente integração dos serviços representa um marco em sua estratégia de recuperação e renovação no mercado varejista.