Alertas para terceira guerra mundial preocupa Europa e o mundo
Autoridades europeias estão cada vez mais preocupadas com a necessidade de se preparar para uma possível guerra, o que tem intensificado a tensão na região. Em 25 de novembro, um oficial da Otan pediu que as empresas europeias ajustassem suas linhas de produção e distribuição para reduzir a vulnerabilidade a pressões externas, especialmente da Rússia e China.
As tensões aumentaram após Putin anunciar, em novembro, mudanças no protocolo de uso de armas nucleares, relaxando os critérios. A decisão foi uma resposta à autorização dos EUA e Reino Unido para que a Ucrânia usasse mísseis ocidentais contra a Rússia, o que Putin considerou uma violação de suas “linhas vermelhas”. Em retaliação, ele ameaçou atacar bases militares nos países que continuassem a fornecer armas à Ucrânia.
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Aumento das tensões na Europa
Diante das tensões, o primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, alertou sobre a “ameaça séria e real” de uma guerra global. Ele destacou que a invasão russa da Ucrânia está entrando em uma fase decisiva e que a situação se torna cada vez mais dramática, ressaltando a gravidade da ameaça de um conflito de grandes proporções.
Os países escandinavos começaram a orientar suas populações sobre como agir em caso de guerra ou crises. A Suécia distribuiu um panfleto com instruções para enfrentar cenários extremos, a Finlândia atualizou suas diretrizes de preparação, e a Noruega recomendou que seus cidadãos se preparassem para passar uma semana sozinhos em situações extremas.
A adesão recente da Suécia e da Finlândia à Otan representa uma vitória para a aliança e um revés para Putin, que vê a expansão da Otan como uma ameaça aos interesses russos. A Finlândia, com uma fronteira de 1.340 km com a Rússia, solicitou adesão à Otan em maio de 2021, junto com a Suécia, devido à guerra na Ucrânia. A Noruega e a Dinamarca são membros fundadores da aliança.
Mais uma guerra global a caminho?
Steve Rosenberg, editor de Rússia da BBC News, destaca a gravidade da situação, pois é difícil prever os próximos passos de Putin. Ele observa que o presidente russo utiliza a escalada de tensões como estratégia para alcançar seus objetivos, seja o controle da Ucrânia ou a paz nos termos da Rússia.
A eleição de Donald Trump em 2025 pode alterar a dinâmica do conflito, já que ele é crítico do apoio militar à Ucrânia e favorável a um entendimento com Putin. Isso poderia levar o Kremlin a reconsiderar sua abordagem, caso Putin acredite que Trump possa ajudar a alcançar um acordo favorável à Rússia.