Agostinho Carrara perde a linha e detona o Uber no Brasil

Hoje, dia 02 de abril, o ator Pedro Cardoso, que interpretou o famoso personagem Agostinho Carrara na série “A Grande Família”, fez declarações criticando a empresa de transportes privados Uber e sua atuação no Brasil. Na série, o personagem do ator era taxista e ele diz ser um tema que toca ele profundamente.  

Para falar do assunto, o ator utilizou como base um texto publicado no portal UOL. O texto é uma tese de doutorado, escrita por Ilan Fonseca de Souza, que aborda sobre as condições de trabalho a que os motoristas de Uber são submetidos diariamente e, em muitos casos, não conseguem dinheiro suficiente para sobreviver, mesmo trabalhando de 12 a 16 horas por dia. 

“No caso da Uber, a crueldade se agiganta pois o vampiro na jugular do trabalhador é estrangeiro e leva para fora do país a maior parte da riqueza produzida. O mesmo hoje está acontecendo com a indústria audiovisual. A publicidade, que a mantém, se espalha pelas mídias mais modernas — dita internet — o que reduz a capacidade das antigas empresas de tv. Tão ruim talvez não fosse se as empresas internautas fossem brasileiras,” comenta Cardoso através do Instagram. 

Ele critica a empresa pelas condutas da empresa com os trabalhadores e como os funcionários são submetidos a condições ruins de trabalho, sem os direitos estabelecidos pela lei, enquanto a empresa está lucrando. Dessa forma, ele deixa claro que a riqueza é produzida pelos operários para que os empregadores saiam sempre por cima, algo que faz parte do sistema capitalista presente hoje. 

“Mas, como a Uber, não são. E a riqueza produzida pelos operários brasileiros vai enriquecer investidores estadunidenses. Além disso, a soberania nacional sobre a criação é apropriada pelo capitalista estrangeiro. Eu tenho divergências com capitalistas brasileiros, mas prefiro me entender com eles do que com capitalistas alienígenas. Ninguém da — desaparecida — “classe artística” fala sobre o assunto. Todos temem desagradar o patrão.”

Uber
Após polêmica, Uber recebe críticas de ator brasileiro. (Reprodução/Internet)

Polêmicas envolvendo a Uber

A Uber, desde sua fundação em 2010, tem sido frequentemente envolvida em polêmicas. Uma das mais recentes revelou que a empresa utilizou práticas questionáveis e possivelmente ilegais para expandir suas operações globalmente. Essas revelações levantam questões éticas e legais sobre as práticas da empresa durante seu crescimento acelerado.

Além disso, a Uber tem enfrentado críticas relacionadas ao tratamento de seus motoristas. Em diversos países, a empresa foi obrigada pela Justiça a reconhecer seus colaboradores como empregados, garantindo-lhes benefícios trabalhistas básicos, como salário mínimo e férias remuneradas. Essa questão tem sido objeto de intensos debates e disputas legais ao redor do mundo, evidenciando as tensões entre a empresa e seus motoristas.

Outras polêmicas incluem casos de espionagem industrial e corrupção. A empresa foi acusada de usar programas ilegais para espionar a concorrência e contornar a fiscalização das autoridades. Além disso, a Uber foi acusada de roubar segredos tecnológicos da Waymo, filial da Google, relacionados ao desenvolvimento de veículos autônomos. 

No Brasil, as polêmicas estão relacionadas às condições de trabalho dos motoristas e a falta de direitos trabalhistas, que são garantidos conforme a legislação do país. Desde 2023, o Governo Federal está criando medidas e acordos para tentar mudar essa realidade e tentar proporcionar um mercado de trabalho mais justo.