Os Correios enfrentam um cenário financeiro desafiador, com um prejuízo crescente que atingiu R$ 2,6 bilhões em 2024.
A estatal tem sido um dos principais fatores para o déficit das empresas públicas brasileiras. Em resposta, a companhia está implementando um plano de reestruturação que visa reduzir custos e explorar novas fontes de receita.
A expectativa é que essas medidas ajudem a reduzir o prejuízo pela metade, embora ainda não sejam suficientes para alcançar o lucro.
Quais são as medidas adotadas pelos Correios para reduzir custos?
Os Correios estão implementando uma série de medidas para reduzir seus custos operacionais em cerca de 12%.
Entre as iniciativas em andamento, destacam-se a prorrogação do Programa de Desligamento Voluntário (PDV), incentivo à redução da jornada de trabalho e cortes nas férias.
Além disso, a empresa está revisando sua estrutura administrativa, com um corte de pelo menos 20% no orçamento de funções. Outra medida é o retorno ao regime de trabalho presencial.
A estatal também está lançando novos formatos de planos de saúde, com uma economia estimada de 30% tanto para a empresa quanto para os empregados. Essas ações visam recompor o saldo orçamentário e evitar que a empresa entre em estado de insolvência.
Como os Correios planejam aumentar suas receitas?
Para aumentar suas receitas, os Correios estão expandindo seus negócios com novos modelos operacionais, incluindo B2C, B2B e D2C.
A estatal também está desenvolvendo sua própria plataforma de marketplace, com o objetivo de facilitar o acesso da população ao comércio eletrônico. Essa iniciativa busca aproveitar a ampla capilaridade dos Correios no país.
O presidente da estatal, Fabiano Silva dos Santos, destacou que a diversificação de receita é um foco importante para a empresa. Além dos serviços postais tradicionais, os Correios estão investindo em operações logísticas, que têm crescido significativamente nos últimos meses.
Impacto das mudanças regulatórias nas operações dos Correios
As mudanças nas regras de importação, como a introdução da “taxa das blusinhas”, afetaram negativamente o volume de encomendas internacionais, um segmento importante para os Correios.
Essa alteração contribuiu para a queda na receita da empresa, que arrecadou R$ 21,4 bilhões em 2024, uma ligeira redução em comparação com o ano anterior.
Apesar dos desafios, os Correios continuam a prestar serviços em todos os 5.567 municípios brasileiros. A estatal está comprometida em superar as dificuldades financeiras e garantir a sustentabilidade de suas operações a longo prazo.
