Desemprego sobe no país em 2025, mas taxa do 1º trimestre continua sendo a menor em 13 anos
O cenário do desemprego no Brasil apresentou variações no primeiro trimestre de 2025. Embora tenha havido um aumento na taxa de desocupação, este foi o menor índice registrado para um trimestre encerrado em março desde o início da série histórica do IBGE em 2012.
Ao todo, 7,7 milhões de pessoas estão sem emprego, o que representa um aumento em relação ao trimestre anterior, mas uma redução em comparação com o mesmo período do ano passado.
A população empregada no Brasil foi de 102,5 milhões, mostrando uma queda em relação ao trimestre anterior, mas um aumento em comparação com o ano anterior. Isso reflete que 57,8% das pessoas em idade de trabalhar estão empregadas, de acordo com o nível de ocupação definido pelo IBGE.
A sazonalidade do mercado de trabalho no início do ano, com o término de contratos temporários, contribui para o aumento da taxa de desemprego.
Quais são os destaques da pesquisa do IBGE?
Segundo o IBGE, a população fora da força de trabalho atingiu 67 milhões, enquanto a população desalentada foi de 3,2 milhões.
O número de empregados com carteira assinada foi de 39,4 milhões, e os sem carteira assinada somaram 13,4 milhões. Os trabalhadores por conta própria totalizaram 25,9 milhões, e a taxa de informalidade ficou em 38%.
O rendimento médio real habitual dos trabalhadores atingiu um novo recorde, com um valor de R$ 3.410 por mês. A massa de rendimentos, que considera todos os valores recebidos pelos trabalhadores, foi estimada em R$ 345 bilhões, mantendo-se estável no trimestre e crescendo no ano.
Como está a situação dos empregos com carteira assinada?
O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado mostrou estabilidade no trimestre, apesar do aumento do desemprego, e cresceu em relação ao ano anterior.
Já os empregados sem carteira assinada apresentaram uma queda no trimestre, mas mantiveram-se estáveis no ano. A taxa de informalidade, que representa uma parcela significativa da população ocupada, permaneceu em 38%.
No setor público, houve uma redução no número de empregados no trimestre, mas um aumento no ano. Os trabalhadores por conta própria mantiveram estabilidade no trimestre e cresceram no ano, refletindo uma tendência de adaptação às condições do mercado de trabalho.
Como o desemprego é calculado?
O cálculo do desemprego no Brasil segue padrões internacionais, considerando desocupadas as pessoas sem trabalho que estão procurando emprego.
A soma deste grupo com os empregados forma a população dentro da força de trabalho. Além disso, a pesquisa considera pessoas que recebem programas de transferência de renda, como o Bolsa Família, que podem estar em qualquer grupo, dependendo de sua situação de trabalho.
Esses dados são fundamentais para entender as dinâmicas do mercado de trabalho e orientar políticas públicas que visem a redução do desemprego e a melhoria das condições de trabalho no país.