Bolsa Família: quem recebe 3 salários mínimos tem direito o benefício?

O programa Bolsa Família foi relançado em 2023, trazendo mudanças significativas tanto nos valores pagos quanto nos critérios de elegibilidade.

Com essas alterações, muitas famílias passaram a ter dúvidas sobre quem pode receber o benefício em 2025, especialmente aquelas que possuem uma renda maior do que em anos anteriores.

Uma das perguntas mais comuns é se famílias que ganham um, dois ou até três salários mínimos podem ser contempladas pelo programa.

A resposta, no entanto, não depende apenas do total de ganhos mensais da família, mas sim da divisão desse valor entre os membros do núcleo familiar.

Bolsa Família: quem recebe 3 salários mínimos tem direito o benefício?

Diferentemente do que muitos pensam, o Bolsa Família não estabelece um limite de renda total para a concessão do benefício.

O fator decisivo para receber o auxílio é a renda per capita da família, ou seja, o valor obtido ao dividir a renda total pelo número de integrantes da casa.

Atualmente, para ter direito ao valor integral do benefício, a renda por pessoa deve ser de, no máximo, R$ 218 por mês.

Isso significa que, mesmo que uma família receba três salários mínimos, ela ainda pode ser elegível para o programa, desde que tenha um número suficiente de membros que dilua a renda per capita dentro desse limite.

Se a renda por pessoa ultrapassar os R$ 218, mas ainda estiver abaixo de R$ 706 (meio salário mínimo), a família pode ser incluída na chamada Regra de Proteção.

Esse mecanismo permite que o benefício continue sendo pago, mas com um valor reduzido pela metade, garantindo um período de transição financeira de até dois anos.

Outras exigências para receber o Bolsa Família

Além do critério de renda, os beneficiários precisam cumprir algumas exigências para manter o benefício do Bolsa Família ativo. Entre elas estão:

  • Frequência escolar obrigatória: crianças e adolescentes devem estar matriculados e frequentando as aulas regularmente. A presença mínima exigida é de 60% para crianças de até 6 anos e de 75% para quem tem entre 7 e 18 anos.
  • Vacinação em dia: todas as crianças da família precisam seguir o calendário de vacinação recomendado pelo Ministério da Saúde.
  • Acompanhamento pré-natal: gestantes devem realizar o acompanhamento médico regularmente.
  • Atualização do Cadastro Único: os dados da família no sistema do governo devem ser mantidos sempre atualizados para evitar a suspensão do benefício.

Com essas regras, o Bolsa Família busca garantir que o auxílio chegue a quem realmente precisa, sem comprometer o acesso à educação e à saúde da população beneficiária.