Biometria será exigida para o Bolsa Família a partir de 2025

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), anunciou no final de 2024 que os beneficiários do Bolsa Família deverão cadastrar dados biométricos para continuar recebendo o benefício.

A nova medida, já aprovada pelo Congresso Nacional, entrará em vigor neste ano de 2025 e tem como objetivo principal evitar fraudes e direcionar os recursos para quem realmente precisa.

Essa iniciativa faz parte de um esforço mais amplo para garantir a eficiência no uso dos recursos públicos e fortalecer o controle sobre o programa social.

Biometria será exigida para o Bolsa Família a partir de 2025

Com a nova regra, todos os inscritos no Bolsa Família, tanto novos beneficiários quanto aqueles que já fazem parte do programa, precisarão registrar sua biometria.

O procedimento envolverá principalmente a coleta de impressões digitais e será conduzido em unidades do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS).

As convocações para o cadastramento começarão nos próximos meses e serão feitas por meio dos canais oficiais, como os aplicativos Bolsa Família, Caixa Tem e CadÚnico.

Os beneficiários receberão mensagens detalhando os passos necessários e indicando os locais onde o registro deverá ser realizado.

A exigência da biometria busca garantir que cada benefício seja destinado apenas às pessoas que atendem aos critérios do programa.

Segundo o governo, essa tecnologia já demonstrou eficácia em outras iniciativas sociais, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC), ajudando a reduzir erros e inconsistências.

Além de aumentar a precisão na concessão do benefício, o novo sistema deve agilizar a análise dos cadastros, eliminando intermediários e dificultando práticas fraudulentas.

Além da biometria no Bolsa Família, CadÚnico terá outras mudanças

Outras mudanças importantes no CadÚnico, que impactam diretamente os beneficiários do Bolsa Família, também foram anunciadas.

A partir de agora, será obrigatória a atualização cadastral a cada dois anos. Famílias que permanecerem com dados desatualizados por mais de 24 meses correm o risco de ter o benefício suspenso imediatamente.

Além disso, em municípios onde o percentual de famílias unipessoais — aquelas compostas por apenas uma pessoa — superar 16%, agentes do governo realizarão visitas domiciliares para validar as informações.

O cruzamento de dados com concessionárias de serviços públicos também será intensificado. Essa estratégia busca identificar discrepâncias nos cadastros, permitindo maior rigor na fiscalização.

Embora as novas regras representem um aumento na burocracia para os beneficiários, o governo aposta que elas trarão mais transparência e eficiência ao programa, beneficiando as famílias em situação de maior vulnerabilidade.