Com o avanço de janeiro, os contribuintes brasileiros começam a se preparar para o período de envio da declaração do Imposto de Renda 2025.
Para muitos, a notícia de que a faixa de isenção permanece inalterada em relação ao ano passado traz algum alívio.
Contudo, a atualização recente do salário mínimo levanta expectativas de que mudanças possam ser implementadas em breve, ampliando o número de pessoas isentas.
Veja quem pode ficar isento da declaração do Imposto de Renda neste ano
Atualmente, quem recebe até dois salários mínimos de 2024, equivalentes a R$ 2.824 mensais, continua isento do pagamento do imposto, de acordo com a tabela progressiva vigente desde 2024.
No entanto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já indicou que pretende propor ao Congresso Nacional um aumento na faixa de isenção para refletir o reajuste do salário mínimo, que passou de R$ 1.412 para R$ 1.518 no início deste ano de 2025.
Caso a medida seja aprovada, o novo limite para isenção seria de R$ 3.036 por mês, garantindo que contribuintes com rendimentos até esse valor fiquem livres da obrigação de declarar o imposto.
Essa proposta está alinhada com a orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que busca corrigir as distorções acumuladas ao longo dos anos pela falta de atualização na tabela do Imposto de Renda.
Haddad afirmou que o governo já está avaliando os impactos financeiros da medida e deve apresentar um projeto ao Congresso após as eleições dos presidentes das casas legislativas e a definição do Orçamento de 2025, o que deve ocorrer em fevereiro ou março.
Além disso, ele destacou que ações compensatórias serão implementadas para evitar prejuízos às contas públicas, e portanto, a possível ampliação do limite de isenção não deve gerar prejuízos ao país.
Tabela Imposto de Renda 2025 deve permanecer em 2024
Enquanto o novo limite não é oficializado, a tabela de 2024 continua válida para a declaração deste ano.
Os contribuintes que ultrapassarem a faixa de R$ 26.963,20 anuais deverão calcular o imposto de renda com base nas alíquotas progressivas:
- Para rendimentos entre R$ 26.963,21 e R$ 33.919,80, a alíquota é de 7,5%, com dedução de R$ 2.022,24.
- Entre R$ 33.919,81 e R$ 45.012,60, aplica-se uma taxa de 15%, com dedução de R$ 4.566,23.
- De R$ 45.012,61 a R$ 55.976,16, a alíquota sobe para 22,5%, com dedução de R$ 7.942,17.
- Rendimentos acima de R$ 55.976,16 são tributados à taxa máxima de 27,5%, com dedução de R$ 10.740,98.
Além disso, limites para deduções anuais, como R$ 2.275,08 por dependente e R$ 3.561,50 para despesas com educação, permanecem em vigor.
O desconto simplificado de R$ 16.754,34 também segue disponível para quem prefere simplificar o cálculo.
Embora mudanças significativas possam ocorrer nos próximos meses, manter os documentos organizados e acompanhar os desdobramentos oficiais é essencial para facilitar o processo de declaração.