Entenda como é feito o cálculo do valor do Bolsa Família por família
O Bolsa Família, um dos principais programas sociais do Brasil, tem critérios claros e objetivos para definir quais famílias têm direito ao benefício e como o valor é calculado.
A iniciativa busca atender famílias em situação de vulnerabilidade, garantindo suporte financeiro mínimo para a sobrevivência e promovendo condições para melhoria de vida.
Entenda como funciona esse cálculo e as demais exigências do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) para participar do programa.
Entenda como é feito o cálculo do valor do Bolsa Família por família
O primeiro passo para verificar a elegibilidade ao Bolsa Família é calcular a renda per capita da família.
Para isso, somam-se todos os rendimentos de todos os integrantes do núcleo familiar (incluindo salários, pensões, aposentadorias, aluguéis e outros), e divide-se o total pelo número de pessoas na casa.
Atualmente, o programa atende famílias cuja renda por pessoa seja de até R$ 218 mensais. Essa avaliação é central para a concessão do benefício.
Por exemplo, em uma família de sete pessoas onde apenas um integrante tem renda de um salário mínimo (R$ 1.518), o cálculo resultaria em uma renda per capita de R$ 216,18.
Como esse valor está abaixo do limite estabelecido, a família seria incluída no programa.
Uma novidade importante é a Regra de Proteção, criada para apoiar famílias que começam a melhorar sua condição financeira.
Caso a renda per capita supere os R$ 218, mas não alcance meio salário mínimo (R$ 759) por pessoa, a família ainda pode permanecer no programa por um período de até 24 meses.
Durante esse período, o benefício é reduzido à metade, permitindo uma transição gradual para a nova realidade econômica.
Mas atenção: Bolsa Família também possui outras regras
Além do critério de renda, o Bolsa Família estabelece condicionalidades que devem ser cumpridas pelas famílias para continuarem recebendo o benefício.
Na área da saúde, é obrigatório o acompanhamento pré-natal para gestantes, a vacinação em dia das crianças e a verificação periódica do estado nutricional dos menores de sete anos.
Na educação, a frequência escolar mínima deve ser de 60% para crianças de quatro a cinco anos e de 75% para aqueles entre seis e 17 anos.
Também é exigida a atualização dos dados no Cadastro Único a cada dois anos ou sempre que houver mudanças no núcleo familiar, como nascimento ou falecimento.
Com essas regras, o Bolsa Família não apenas auxilia financeiramente, mas também incentiva o acesso à saúde, educação e cidadania, buscando reduzir as desigualdades sociais no Brasil.