Já pode cantar vitória! Conta de luz mais barata em 2025
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou que haverá uma redução nas contas de energia elétrica a partir de janeiro de 2025, com a aprovação do repasse de R$ 1,3 bilhão referente ao bônus de comercialização da Usina Hidrelétrica Itaipu Binacional.
Esse benefício decorre do saldo positivo gerado pela comercialização da energia elétrica produzida pela Usina Hidrelétrica Itaipu, que é operada em conjunto entre Brasil e Paraguai. A energia gerada é vendida no Brasil, e uma parte do valor obtido com essa venda é devolvida aos consumidores como um bônus anual.
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Bônus na conta de luz
Normalmente, esse repasse ocorre em julho, mas em 2024, foi adiado. O Ministério de Minas e Energia propôs, a princípio, que os recursos fossem destinados ao auxílio das vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul, mas essa medida não foi realizada. Como resultado, a Aneel retomou o planejamento original, e o repasse está agora agendado para beneficiar os consumidores no início de 2025.
Estima-se que cerca de 78,3 milhões de unidades consumidoras sejam beneficiadas, o que representa 97% das residências e propriedades rurais do Brasil. A medida trará um alívio especialmente para os consumidores que tiveram um consumo mensal abaixo de 350 quilowatts-hora (kWh) em 2023. Esses beneficiários receberão um crédito médio de R$ 16,66 em suas faturas de energia, proporcionando uma redução financeira logo no início de 2025.
O cálculo do bônus é simples, mas segue parâmetros específicos. O valor do desconto na conta de energia depende do consumo de 2023. Para calcular o crédito, basta multiplicar o valor da Tarifa-Bônus de Itaipu, que é de R$ 0,011648844 por kWh, pelo consumo mensal de energia.
Por exemplo, se uma família consumiu 100 kWh por mês, ela terá um crédito de R$ 1,165 por mês, o que resultará em um total de R$ 13,98 ao longo do ano, desde que o consumo não tenha ultrapassado 350 kWh em nenhum dos meses.
Consumo de energia
Em outubro de 2024, o Brasil observou um crescimento de 2,1% no consumo de energia elétrica, atingindo uma média de 71.613 MW, impulsionado pelas altas temperaturas e pelo fortalecimento da atividade econômica nas regiões Sul, Sudeste, Norte e Nordeste.
O mercado regulado, que representa 60% do consumo total, registrou um aumento de 1,2%, enquanto o mercado livre cresceu 3,5%. A principal contribuição para esse crescimento veio do setor automotivo, que teve uma alta de 10%, seguido pelos setores de manufaturados diversos e saneamento. Por outro lado, os setores de telecomunicações e produtos químicos apresentaram redução no consumo.