Pente-fino do Bolsa Família: lista de quem será bloqueado em novembro e dezembro
O governo federal intensificará a fiscalização sobre o programa Bolsa Família, mirando especialmente beneficiários que se declaram como famílias unipessoais — ou seja, compostas por uma única pessoa.
A ação, prevista para ocorrer até o final do ano, visa identificar inconsistências nos cadastros e combater fraudes, com o objetivo de assegurar que os recursos cheguem apenas a quem realmente precisa.
Pente-fino do Bolsa Família: lista de quem será bloqueado em novembro e dezembro
O pente-fino será conduzido pelo Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) e focará em famílias unipessoais, um grupo que tem crescido significativamente nos últimos anos, especialmente entre 2021 e 2022.
De acordo com o governo, essa categoria abrange cerca de 1,3 milhão de beneficiários.
No entanto, estimativas iniciais apontam que aproximadamente 500 mil desses cadastros podem estar irregulares, o que representa um impacto considerável no orçamento destinado ao programa.
A revisão será mais rigorosa com famílias unipessoais, com o objetivo de detectar possíveis fraudes ou duplicidade de cadastros.
Essas famílias, formadas por indivíduos que vivem sozinhos, estão sob análise devido ao aumento expressivo de registros dessa categoria no programa, levantando dúvidas sobre sua veracidade.
O governo acredita que parte desses cadastros pode ter sido realizada com o intuito de fraudar o benefício, aumentando ilegalmente o número de recebedores.
Entre as medidas planejadas para identificar inconsistências, o MDS deverá adotar ferramentas de cruzamento de dados e tecnologias avançadas, como reconhecimento facial e biometria, para verificar a identidade dos beneficiários.
Com essa estratégia, o governo espera evitar que o auxílio seja destinado a pessoas que não se enquadram nos requisitos do programa, promovendo um uso mais eficaz dos recursos públicos.
Impacto e metas da fiscalização rígida nos cadastros do Bolsa Família
Além de combater fraudes, o pente-fino busca gerar uma economia significativa para os cofres públicos.
Estima-se que a revisão possa reduzir despesas anuais do programa em até R$ 4 bilhões, valores que, segundo o governo, poderão ser redirecionados para ampliar o atendimento às famílias mais vulneráveis.
As atualizações dos cadastros serão facilitadas por um aplicativo, permitindo que os beneficiários atualizem suas informações de forma prática e rápida.
O uso da tecnologia visa tanto a prevenção de fraudes quanto a simplificação do acesso ao programa, assegurando a continuidade do benefício para aqueles que comprovarem seu direito.
O Benefício de Prestação Continuada (BPC) também será revisado, especialmente em relação a pessoas com deficiência e idosos de baixa renda.
Com a implementação de medidas como prova de vida e biometria, o governo pretende reforçar a segurança dos programas de assistência e garantir a destinação correta dos recursos a quem realmente precisa.