Estudo revela que Marte pode ter sido habitado a menos tempo do que pensávamos

O planeta Marte é um foco de intenso interesse científico, especialmente em relação às suas condições de habitabilidade. Um estudo recente sugere que o solo marciano pode ter sido apto para a vida em um período mais recente do que se imaginava. Os pesquisadores indicam que a presença de um campo magnético, que hoje praticamente não existe, pode ter sido crucial para essa possibilidade.

A nova pesquisa indica que o campo magnético do planeta vermelho pode ter existido até cerca de 3,9 bilhões de anos atrás, em contraste com estimativas anteriores que apontavam seu desaparecimento há aproximadamente 4,1 bilhões de anos.

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Essa nova evidência é significativa porque indica que Marte já teve grandes quantidades de água líquida, sugerindo a possibilidade de vida no passado. Após a perda do campo magnético, a atmosfera do planeta ficou vulnerável, resultando na perda da água da superfície devido à intensa radiação solar.

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Novo estudo sobre Marte

As descobertas foram publicadas na revista Nature Communications, onde os autores explicam que usaram simulações e modelos computacionais para estimar a idade do campo magnético, analisando dados sobre os ciclos de resfriamento e magnetização das crateras em Marte.

Os pesquisadores chegaram à conclusão de que as crateras se formaram após o campo magnético ter desaparecido. Eles afirmam que a criação dessas crateras deve-se à interação entre a superfície do planeta e rochas quentes que existiam naquele período.

Os pesquisadores também sugerem que as crateras podem ter se originado durante os episódios de inversão dos polos magnéticos, o que poderia justificar os fracos sinais magnéticos detectados atualmente. Essa hipótese contribui para o conjunto crescente de evidências que indicam a possibilidade de condições favoráveis à vida em Marte.

Colonização marciana

Recentemente, foi proposto que a temperatura de Marte poderia ser aumentada em mais de 30 graus Celsius, o que resultaria no derretimento do gelo e possibilitaria a presença de água líquida em sua superfície. Para lidar com os desafios de manter a atmosfera do planeta, o cientista da NASA Jim Green sugeriu uma ideia inovadora: a instalação de um campo magnético artificial ao redor de Marte.

A proposta envolve a colocação de um imenso ímã no ponto L1 de Lagrange, situado entre Marte e o Sol. Este campo magnético artificial atuaria como uma barreira contra o vento solar, contribuindo para a preservação da atmosfera marciana e, possivelmente, tornando o planeta mais viável para a colonização.