Boxeador Maguila morre aos 66 anos
O ex-pugilista José Adilson Rodrigues dos Santos, mais conhecido como Maguila, faleceu nesta quinta-feira (24), aos 66 anos, em São Paulo.
Ele sofria de Encefalopatia Traumática Crônica (ETC), uma doença neurodegenerativa causada por traumas repetidos na cabeça, comum entre boxeadores e outros atletas de esportes de contato.
A confirmação da morte foi feita por sua esposa, Irani Pinheiro.
Boxeador Maguila morre aos 66 anos
Maguila foi internado após uma piora em seu estado de saúde e estava sob tratamento em uma clínica terapêutica no interior de São Paulo, onde passava por cuidados paliativos nos últimos anos.
A doença, também chamada de “demência pugilística”, provoca sintomas semelhantes ao Alzheimer, como perda de memória, confusão e dificuldade de coordenação motora.
Embora os primeiros sinais da doença tenham surgido há mais de uma década, foi somente em 2015 que o diagnóstico de ETC foi confirmado, após um período de tratamento inadequado para Alzheimer.
Maguila deixa a esposa, Irani Pinheiro, com quem foi casado por 41 anos, e três filhos: Adilson, Adenilson e Edmilson.
Maguila deixa legado importante no esporte
Nascido em Aracaju, Sergipe, em 12 de junho de 1958, Maguila foi uma das figuras mais icônicas do boxe brasileiro, principalmente na década de 1980.
Ele iniciou sua carreira profissional em 1983 e rapidamente se destacou por sua força e determinação no ringue.
Ao longo de 17 anos, Maguila participou de 85 lutas profissionais, conquistando 77 vitórias, sendo 61 delas por nocaute. Ele sofreu apenas sete derrotas e registrou um empate técnico.
Entre os momentos mais memoráveis de sua trajetória estão os combates contra lendas do boxe mundial, como Evander Holyfield e George Foreman, sendo esta última uma das mais comentadas, quando o brasileiro foi derrotado por nocaute.
Embora tenha se aposentado oficialmente em 2000, seu nome continuou a ser lembrado como o maior peso-pesado da história do boxe brasileiro.
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A batalha contra a doença
A vida de Maguila após os ringues foi marcada pela luta contra a ETC, que foi causada pelos golpes repetidos sofridos durante sua carreira.
A doença, que não tem cura, evoluiu progressivamente, levando o ex-pugilista a passar os últimos anos de vida em tratamento intensivo em uma clínica especializada.
Em uma de suas últimas aparições públicas, em 2022, Maguila falou com bom humor e agradeceu o carinho dos fãs.
“Quero mandar um abraço para todo o povo brasileiro que me viu lutar. Estou bem e fiquem tranquilos“, disse em uma entrevista.
Seu legado, tanto dentro quanto fora dos ringues, permanece como um símbolo de determinação e força no esporte brasileiro.