Um ciclone extratropical já se formou na região Sul do Brasil e em breve seguirá em direção ao oceano, onde tende a se intensificar. Esse fenômeno ocorre devido ao encontro de massas de ar frio e quente e deve causar impactos significativos em estados como Paraná (PR) e São Paulo (SP), à medida que continua sua trajetória sobre o oceano.
No Rio Grande do Sul (RS), o ciclone já provoca efeitos consideráveis, com chuvas intensas, ventos moderados e tempestades de raios em algumas regiões. O fenômeno seguiu em direção ao oceano durante a madrugada de sexta-feira, 11 de outubro, trazendo ainda mais chuvas fortes para o Paraná e algumas áreas de São Paulo, incluindo a capital e o litoral.
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Previsão para o fim de semana
Na sexta-feira (11), diversas regiões do Brasil enfrentarão condições climáticas desfavoráveis, com céu encoberto e risco de tempestades no nordeste do RS, leste de Santa Catarina, interior do PR e em SP, abrangendo a Baixada Santista e o litoral.
Rajadas de vento de até 70 km/h, juntamente com chuvas intensas que podem acumular mais de 60 mm, elevam o risco de enchentes e deslizamentos. No litoral de SP, ventos de até 50 km/h e ondas fortes também podem provocar transtornos.
No sábado (12), a chuva começará a enfraquecer no Sul, proporcionando um tempo mais estável para o fim de semana. No entanto, a circulação do ciclone ainda causará chuvas moderadas no interior de SP. Durante a tarde, um corredor de umidade trará precipitações para o Rio de Janeiro, Minas Gerais e algumas áreas de Goiás. Em Belo Horizonte, o acumulado de chuva entre sexta e sábado deve chegar a cerca de 30 mm.
Ciclone extratropical
O ciclone extratropical é um fenômeno climático que surge a partir de um sistema de baixa pressão atmosférica, formado pelo encontro de massas de ar quente e frio com grande diferença de temperatura. Essa interação provoca instabilidade, desencadeando chuvas intensas, ventos fortes e tempestades com descargas elétricas.
A intensidade de um ciclone extratropical pode variar entre moderada e forte, conforme os fatores que influenciam sua formação, como a temperatura das massas de ar e a velocidade dos ventos. Embora possam ser intensos, é importante destacar que os ciclones extratropicais não chegam ao mesmo nível de destruição que os furacões.
“Terra abençoada”
O Brasil, comumente chamado de “terra abençoada”, é resguardado da formação de furacões por diversos fatores climáticos. Ao contrário de outras regiões do planeta, a costa brasileira não possui as condições adequadas para a geração desses fenômenos climáticos destrutivos. Um dos principais fatores que contribui para isso é a temperatura das águas do Oceano Atlântico, que raramente ultrapassa os 26°C.
Para que um furacão se forme, as águas devem estar mais quentes, geralmente acima de 27°C, e devem estar presentes outros fatores como ventos fortes, alta umidade e variações acentuadas na pressão atmosférica. Além disso, a ocorrência de um furacão requer que a pressão atmosférica na área seja extremamente baixa e que a temperatura do ar seja significativamente mais alta do que nas regiões adjacentes, características que, geralmente, não se verificam na costa brasileira.