Depois de optar por não reintroduzir o horário de verão no ano passado, o governo federal está reavaliando essa decisão, principalmente se as condições hídricas no Brasil não apresentarem melhorias neste ano. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, declarou recentemente que a reintrodução dessa medida está sendo considerada e pode entrar em vigor em novembro.
O objetivo central é maximizar a utilização da luz natural e diminuir o consumo de eletricidade nos períodos de maior demanda. Na última reunião realizada no mês passado, o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) propôs a reintrodução dessa prática devido à severa seca que o país enfrenta. Segundo dados do Cemadem (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), essa é a mais grave seca já registrada.
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Volta do horário de verão
Caso seja aprovado, o horário de verão terá início após as eleições, em novembro. Os decretos estabelecem que a implementação ocorrerá à meia-noite do primeiro domingo de novembro e se prolongará até a meia-noite do terceiro domingo de fevereiro do ano seguinte. Nos anos em que essa data coincidir com o carnaval, a duração será estendida até o domingo seguinte.
Historicamente, o horário de verão foi adotado nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, onde a utilização da luz solar é mais eficaz. Por outro lado, as regiões Norte e Nordeste não aplicam essa medida, pois apresentam uma variação insignificante na duração do dia ao longo do ano.
A introdução do horário de verão no Brasil aconteceu em 1931, sob a presidência de Getúlio Vargas, por meio de um decreto que abrangia todo o país. Desde então, essa medida foi implementada e cancelada em várias ocasiões. Em 2019, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, a prática foi oficialmente extinta.
Pesquisa de opinião
Um estudo conduzido pelo portal Reclame Aqui em colaboração com a Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) indicou que 54,9% dos brasileiros consultados apoiam a reintrodução do horário de verão em 2024. Dentro desse grupo, 41,8% expressaram apoio total, enquanto 13,1% demonstraram um apoio parcial.
Em contrapartida, 25,8% dos entrevistados são totalmente contrários à medida, 17% mostraram-se indiferentes, e 2,2% manifestaram uma oposição parcial. O estudo ainda revelou que as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste são aquelas com os maiores níveis de apoio ao horário de verão.