Cientistas encontram forma que promete desviar asteroides de até 4km de colidir com a Terra
Os cientistas estimam que um asteroide com aproximadamente 10 quilômetros de diâmetro seria necessário para representar um risco significativo à vida na Terra, semelhante ao impacto causado pelo asteroide Chicxulub. Este evento, ocorrido há 66 milhões de anos, resultou na extinção em massa de diversas espécies, incluindo os dinossauros.
Por essa razão, o Departamento de Coordenação de Defesa Planetária (PDCO) da NASA divulga mensalmente atualizações sobre as iniciativas da agência voltadas ao monitoramento e à proteção da Terra contra objetos próximos, como cometas e asteroides que possam constituir uma ameaça de impacto.
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Segundo estimativas, seria preciso um meteorito com 100 quilômetros de diâmetro — dez vezes o tamanho do Chicxulub — para eliminar toda a vida na Terra. Entretanto, meteoritos menores, como um de 60 metros de diâmetro, podem causar a destruição total de uma cidade.
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Avanço na missão DART
Um avanço significativo nesse domínio foi a missão Double Asteroid Redirection Test (DART), desenvolvida pela NASA para avaliar a eficácia em desviar meteoritos ameaçadores. Em 2021, uma espaçonave foi lançada com a finalidade de colidir e alterar a trajetória do asteroide Dimorphos. O impacto ocorreu a uma velocidade de 6,6 km/s, resultando em uma nuvem de detritos e comprovando que é viável modificar o curso desses corpos que se aproximam da Terra.
Apesar desse êxito, desviar asteroides de maior tamanho e com maior potencial de destruição continua a demandar enormes quantidades de energia, semelhantes às necessárias para explosões nucleares. Devido à limitação dos recursos disponíveis para esse tipo de missão, os cientistas estão constantemente buscando métodos mais eficientes e ágeis para enfrentar ameaças potenciais.
Raio-X para salvar a Terra
Recentemente, um estudo divulgado na revista Nature Physics introduziu uma nova metodologia que emprega raios-X provenientes de um dispositivo nuclear. A equipe liderada por Nathan Moore, do Sandia National Laboratories, realizou testes laboratoriais aplicando pulsos de raios-X em dois asteroides artificiais, compostos de quartzo e sílica fundida.
Os pulsos geraram pequenas explosões que criaram colunas de vapor, resultando em um impulso que desviou os alvos a uma velocidade de 70 m/s. As simulações numéricas sugeriram que corpos com até 4 quilômetros de diâmetro poderiam ser desviados por meio dessa tecnologia, o que representa uma nova oportunidade para futuras iniciativas de defesa planetária.
Asteroides na vizinhança
Em 9 de setembro, o Departamento de Coordenação de Defesa Planetária (PDCO) da NASA divulgou um aviso sobre o asteroide 2024 ON, que se aproximaria da Terra em 17 de setembro, mantendo-se a uma distância segura de mais de 1 milhão de quilômetros.
Além disso, outro asteroide, o FW13 2013, com um diâmetro de 155 metros, está previsto para passar perto do nosso planeta em breve. No ano passado, mais de 100 asteroides se aproximaram da Terra a uma distância inferior à da Lua, enquanto a NASA está atualmente monitorando mais de 35 mil.