Aliado de Lula vota pelo retorno do horário de verão
Na última segunda-feira, 16 de setembro, Alexandre Silveira, o ministro de Minas e Energia, revelou que pode apresentar à Casa Civil uma proposta para a reintrodução do horário de verão no Brasil. Em uma entrevista concedida à rádio Itatiaia, ele destacou que a proposta está atualmente em fase de planejamento e ainda não há uma data definida para sua implementação.
A reintrodução do horário de verão é considerada uma medida fundamental para melhorar a segurança do Sistema Interligado Nacional e reduzir a demanda por eletricidade durante os períodos de maior consumo, principalmente no início da noite, quando a geração de energia solar e eólica não está em operação. Silveira também mencionou os impactos positivos que essa mudança poderia ter nos setores de comércio e turismo.
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Historicamente, o horário de verão era implementado nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, onde havia uma melhor utilização da luz solar. Em contrapartida, as regiões Norte e Nordeste não adotavam essa prática, pois a diferença na duração do dia durante o ano era mínima.
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Retorno do horário de verão
O ministro enfatizou que a adoção do horário de verão exige um planejamento minucioso, levando em conta os possíveis efeitos nas rotinas diárias e nas funções de órgãos públicos, como o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que já tem urnas preparadas para as próximas eleições. Ele agendará uma reunião com o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) para discutir as ações a serem tomadas em resposta à seca e seus impactos nos reservatórios.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) estão conduzindo investigações para analisar as consequências da possível reintrodução do horário de verão. Os achados dessas análises serão submetidos ao presidente Lula, que decidirá sobre a implementação da proposta.
Contas de luz
Em relação às tarifas de energia, Silveira apontou que as contas de luz dos brasileiros estão no “limite” e reforçou que o governo não tem a intenção de acionar termelétricas adicionais, uma vez que essas geradoras são mais onerosas e impactam negativamente os custos para os consumidores.
Ele comparou a situação atual com a crise energética enfrentada em 2021, enfatizando que o planejamento vigente visa prevenir a recorrência de problemas semelhantes. A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) anunciou um superávit de R$ 9 bilhões na conta bandeira, indicando uma condição mais favorável em relação à ausência de superávit observada em 2021.