A Uber contratou Rebecca Tinucci, ex-diretora de carregamento da Tesla, para liderar sua transição global para veículos elétricos. A partir de 16 de setembro, Tinucci assumirá o cargo de chefe global de sustentabilidade da Uber, reportando-se a Andrew Macdonald, chefe da área de mobilidade da empresa.
A contratação de Tinucci reforça o compromisso da Uber em eletrificar completamente sua frota até 2040. A empresa já investiu 800 milhões de dólares até 2025 para alcançar essa meta e tem trabalhado em parceria com grandes fabricantes de veículos elétricos, como Tesla e BYD.
Além de supervisionar a transição para veículos elétricos, Tinucci também será responsável por parcerias relacionadas a embalagens sustentáveis e pela redução do desperdício de plástico nas entregas de restaurantes.
Em um memorando interno, Andrew Macdonald destacou a vasta experiência de Tinucci e seus relacionamentos na indústria automotiva como ativos importantes para a Uber em sua jornada rumo às emissões zero.
A contratação de Tinucci ocorre após sua saída da Tesla, onde liderava a equipe de carregamento de veículos elétricos até que Elon Musk decidiu dissolver a maior parte da equipe para cortar custos.
Entenda o que houve com a nova funcionária da Uber na empresa do Elon Musk
Um dia antes da demissão em massa da equipe do Supercharger, funcionários da Tesla estavam otimistas com uma reunião entre a chefe do departamento, Rebecca Tinucci, e Elon Musk. A expectativa era de que Musk confirmasse planos de expansão da rede de carregadores, mesmo após cortes recentes na equipe.
No entanto, a reunião tomou um rumo inesperado. Musk, insatisfeito com a apresentação de Tinucci, exigiu mais demissões. Tinucci se recusou, argumentando que cortes adicionais prejudicariam o negócio de carregadores. Em resposta, Musk demitiu Tinucci e toda sua equipe de 500 pessoas.
As demissões abalaram a rede Supercharger, considerada um marco da Tesla e um fator crucial para o crescimento do mercado de veículos elétricos. Atualmente, os Superchargers representam mais de 60% dos carregadores de alta velocidade nos EUA, e a Tesla recebeu uma parcela significativa dos fundos federais destinados à infraestrutura de carregamento.
Este relato detalhado sobre as demissões e suas consequências é baseado em entrevistas com ex-funcionários, um prestador de serviços e um e-mail da Tesla enviado a fornecedores.