Recentemente, um garoto brasileiro de apenas 7 anos realizou uma descoberta impressionante ao identificar um asteroide na órbita de Marte, que tem o potencial de se aproximar ou até mesmo colidir com a Terra no futuro.
Arthur Ruiz, associado à Associação Mensa Brasil, fez essa descoberta enquanto trabalhava com a equipe Theta Mensae, que inclui mais quatro crianças. A descoberta foi formalmente reconhecida com as assinaturas de todos os membros da equipe.
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Descoberta do asteroide
A descoberta foi realizada a partir da análise de dados fornecidos pelo International Astronomical Search Collaboration (IASC/NASA). O processo consiste em o líder da equipe distribuir imagens para os membros, que as examinam e elaboram relatórios detalhados. Esses relatórios são então retornados ao líder, que os encaminha para o IASC.
A descoberta do novo asteroide foi oficialmente anunciada no site do Minor Planet Center (Harvard/Smithsonian) e no NASA Astrophysics Data System, onde está sendo examinada por especialistas. Até o momento, ele recebeu a designação provisória de ‘2024 JB 29’, de acordo com as normas estabelecidas pela União Astronômica Internacional (IAU).
O asteroide será submetido a um processo de análise que pode durar entre três a cinco anos, durante o qual sua órbita será cuidadosamente monitorada e serão feitas medições adicionais. Após esse intervalo, a União Astronômica Internacional (IAU), que supervisiona a nomenclatura de asteroides desde 1922, revisará a proposta de nome para o objeto.
Programa Jovens Brilhantes
O Programa Caça Asteroides é uma colaboração entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e o IASC/NASA Partner, com o suporte da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), da Secretaria Estadual de Educação de Mato Grosso (SEDUC/MT) e do Observatório Nacional (ON).
Com abrangência nacional e internacional, o programa tem como objetivo envolver o público em geral na coleta, análise e interpretação de dados científicos, promovendo a participação cidadã na pesquisa astronômica.
Arthur e sua equipe, membros do programa Jovens Brilhantes da Mensa Brasil, utilizam imagens capturadas pelos telescópios PANSTARRS 1 e 2, situados no Havaí. Esses telescópios registram imagens do céu noturno, que são então analisadas pelos cientistas cidadãos participantes do programa.
A nível mundial, foram realizadas apenas 114 descobertas provisórias por cientistas cidadãos, e o Brasil tem um histórico de apenas uma delas até agora. Em 2014, estudantes do Liceu Nilo Peçanha, em Niterói (RJ), descobriram o asteroide 2014 QF309.
Transmissão no YouTube
O feito gerou grande empolgação e motivou o MCTI a organizar uma transmissão ao vivo no YouTube. O evento teve como objetivo celebrar a conquista, apresentar o jovem descobridor e detalhar o processo que levou à descoberta.
Durante o evento ao vivo, Dr. Patrick Miller, fundador do IASC/NASA e renomado por sua promoção da colaboração global na análise de asteroides, esteve presente. Além disso, Maria Beatriz de Andrade, coordenadora do programa Caça Asteroides na Mensa Brasil, revelou que Arthur terá a chance de nomear o asteroide que descobriu em breve.