Bolsonaro fica retido! Ex-presidente tem passagem bloqueada no Pará
Na manhã da última terça-feira (02/07), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) enfrentou um bloqueio na rodovia PA-275, próximo ao município de Parauapebas, no Pará.
A obstrução, organizada pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf), reuniu aproximadamente 200 manifestantes e durou cerca de uma hora.
Bolsonaro fica retido no Pará
Os manifestantes expressaram descontentamento com a gestão de Bolsonaro, especialmente em relação ao setor da agricultura familiar.
Eles apontam que o ex-presidente não priorizou as necessidades do setor durante seu mandato, destacando o fechamento do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e a paralisação da reforma agrária no estado como principais motivos do protesto.
“Os agricultores e agricultoras familiares jamais esquecerão os longos anos de descaso com o setor e com a produção de alimentos saudáveis”, declarou Noemi Gonçalves, coordenadora da Fetraf no Pará.
Em mensagem enviada à imprensa, Bolsonaro relatou estar “retido na Rv PA-275, próximo a Parauapebas“, mencionando erroneamente o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) como responsável pelo bloqueio.
Na verdade, o ato foi organizado pela Fetraf, conforme esclarecido por Gonçalves, que descreveu o protesto como pacífico e enfatizou que o objetivo era mostrar a insatisfação com a administração anterior.
Imagens divulgadas por Bolsonaro exibem objetos incendiados na pista, impedindo a passagem de veículos. O bloqueio foi rapidamente desfeito após a manifestação, permitindo que o tráfego voltasse ao normal. Veja no vídeo abaixo:
Bolsonaro visita Pará em série de viagens para apoiar candidatos do PL
Bolsonaro está realizando uma série de viagens pelo Pará com a finalidade de apoiar pré-candidatos do seu partido, o PL. A visita a Parauapebas faz parte dessa agenda política.
Além das críticas à sua gestão, o protesto também foi uma resposta a declarações controversas feitas pelo ex-presidente em 2018 sobre o massacre de Eldorado dos Carajás, onde 19 trabalhadores rurais foram mortos pela polícia.
Na época, Bolsonaro defendeu a ação dos policiais, gerando indignação entre os movimentos sociais e trabalhadores rurais.
A manifestação reflete a continuidade da insatisfação de alguns setores da sociedade com políticas agrárias e sociais do governo Bolsonaro, sinalizando que, mesmo após o término de seu mandato, o ex-presidente continua a ser uma figura polarizadora no cenário político brasileiro.