325 mil beneficiários do Bolsa Família foram cortados; veja os detalhes
O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) concluiu na última sexta-feira, dia 31 de janeiro, os repasses do Bolsa Família referentes ao primeiro mês de 2025.
No período, 20,48 milhões de famílias foram contempladas pelo programa, um número inferior ao registrado em dezembro de 2024, quando 20,81 milhões de famílias receberam o benefício.
A diferença de 325 mil beneficiários de um mês para o outro chamou atenção e levantou questionamentos sobre os motivos para essa redução.
325 mil beneficiários do Bolsa Família foram cortados; veja os detalhes
Embora a queda no total de famílias atendidas tenha sido de 325 mil, o MDS informou que, ao longo de janeiro, cerca de 1,3 milhão de cadastros foram cancelados.
A exclusão ocorreu, principalmente, devido a revisões no Cadastro Único (CadÚnico) e ao aumento da renda de algumas famílias, que ultrapassaram os limites estabelecidos pelo programa.
No entanto, também houve a inclusão de milhares de novas famílias que aguardavam na fila de espera para ingressar no Bolsa Família, o que ajudou a compensar parcialmente as baixas registradas.
Os cortes foram registrados em praticamente todo o território nacional, mas alguns estados sentiram o impacto de forma mais significativa.
Em São Paulo, por exemplo, 63 mil famílias deixaram de receber o benefício, reduzindo o total de beneficiários de 2,509 milhões para 2,446 milhões.
Minas Gerais também teve uma queda considerável, com 30 mil famílias a menos no programa.
No Rio de Janeiro, a redução alcançou 24 mil famílias, passando de 1,612 milhão para 1,588 milhão de beneficiários.
Motivos para os cortes no Bolsa Família em janeiro de 2025
Os principais motivos para o cancelamento dos benefícios incluem inconsistências nos cadastros, informações desatualizadas e a superação do limite de renda.
O Bolsa Família estabelece que a renda per capita das famílias beneficiadas não deve ultrapassar R$ 218 por mês.
No caso de famílias que alcançam um patamar ligeiramente superior, o programa permite a permanência por até dois anos através da chamada Regra de Proteção.
No entanto, ao final desse período, os pagamentos são suspensos.
Além da questão da renda, outros critérios também influenciam na manutenção do benefício.
Famílias com crianças e adolescentes devem garantir a frequência escolar de pelo menos 60% para menores de seis anos e 75% para aqueles entre sete e 18 anos.
A vacinação obrigatória também precisa estar em dia, e gestantes devem realizar o pré-natal na rede pública.
O descumprimento dessas exigências pode levar ao bloqueio ou cancelamento do Bolsa Família.
As revisões no programa fazem parte de um processo de fiscalização que busca garantir que os recursos sejam direcionados para as famílias que realmente necessitam do auxílio.
Ao mesmo tempo, o governo segue promovendo a inclusão de novos beneficiários para atender aqueles que se encontram em situação de vulnerabilidade e preenchem os critérios exigidos pelo programa.