10 marcas de azeite de oliva foram recolhidos às pressas dos mercados

O recente recolhimento de dez marcas de azeites de oliva extravirgem dos mercados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) traz à tona uma preocupação crescente sobre a integridade e autenticidade dos produtos alimentares disponíveis para os consumidores.

Tal medida, parte integrante dos desdobramentos da Operação Getsêmani, revelou um esquema ilícito de importação, adulteração e distribuição de produtos fraudados, gerando preocupação entre os consumidores e autoridades regulatórias.

Entre as marcas afetadas, nomes como Terra de Óbidos, Serra Morena, e Vincenzo surgem como parte de uma lista que denuncia a extensão dessa prática fraudulenta. Consumidores que adquiriram esses produtos são urgentemente aconselhados a interromper seu consumo e buscar a substituição de acordo com os direitos garantidos pelo Código de Defesa do Consumidor.

A Operação Getsêmani, desencadeada nos dias 6, 7 e 8 de março, teve como epicentro os municípios de Saquarema (RJ), São Paulo (SP), Recife (PE) e Natal (RN), e revelou que mais de 104 mil litros de azeite de oliva fraudados foram apreendidos.

As marcas afetadas por essa determinação foram Terra de Óbidos, Serra Morena, De Alcântara, Vincenzo, Az Azeite, Almazara, Escarpas das Oliveiras, Don Alejandro, Mezzano e Uberaba.

Dicas para os consumidores

O azeite, como segundo produto alimentar mais fraudado do mundo, segundo o Mapa, demanda uma vigilância constante por parte dos consumidores. Dicas são fornecidas para orientar os consumidores, desde desconfiar de preços muito abaixo da média do mercado até conferir atentamente a lista de produtos irregulares já apreendidos em ações do Mapa. A transparência na composição, validade e condições de produção torna-se importante para garantir a segurança alimentar dos consumidores.

No entanto, a problemática se insere em um contexto mais amplo de desafios enfrentados pela indústria do azeite. A diminuição histórica da produção global, especialmente nos países europeus, combinada com a alta demanda, tem exercido pressão sobre os preços e incentivado práticas desonestas. Além disso, o Brasil, como o terceiro maior importador de azeite de oliva do mundo, enfrenta desafios em sua produção local, apesar do reconhecimento internacional pela qualidade de seus produtos.

Confira sempre a lista de produtos irregulares já apreendidos em ações do Mapa, neste link.